Desde seu nascimento, o ser humano se relaciona e sofre influências do meio ao qual está inserido, e sua evolução total é diretamente proporcional a todos os processos relacionados ao desenvolvimento social, físico, motor, cognitivo e afetivo.
O período em que este processo ocorre com maior intensidade é na infância, trazendo mudanças fundamentais para a formação de condutas sociais e afetivas, bem como para as características físicas, de personalidade e temperamento, além do óbvio benefício para a saúde.
O esporte, como ferramenta educacional, auxilia na capacitação do indivíduo em lidar com as mais diversas situações: promove a elevação da autoestima, ensina a superar adversidades, conhecer seu papel e obrigações dentro de um contexto social, delinear objetivos e metas, buscar constantemente a excelência, trabalhar em equipe, desenvolver um pensamento lógico e colaborar com o desenvolvimento da sociedade.
Segundo a Academia Americana de Pediatria, até os seis anos de idade as crianças devem participar de atividades esportivas que tenham por objetivo a diversão e não a competição. A experimentação de vários esportes e posições de jogo, bem como atividades motoras simples são recomendadas.
Outra recomendação é a análise da adequação e utilização de equipamentos de segurança e programas infantis de esportes, relativos à idade.
A preocupação é válida, visto que, nos Estados Unidos, em pesquisa publicada em agosto de 2010, chegou-se ao número de 12 milhões de crianças e jovens/ano atendidos em emergências (públicas e particulares), por lesões resultantes da prática de esportes.
Os benefícios da prática esportiva são bem maiores que suas restrições, assim sendo, cabem aos educadores, pais e demais agentes envolvidos terem consciência de que o trabalho em equipe e o desenvolvimento de habilidades são mais importantes que o fato de ganhar a competição, transformando a prática esportiva em uma experiência agradável.