A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia comemora 5 anos.

Pensei em escrever sobre os professores parabenizando o seu dia ano passado Mas com a correria do meio acadêmico as coisas acabaram se passando e acabei deixando de lado.Peço desculpas aos mestres queridos e começarei alertando desde já que não será fácil arrancar os meus parabéns.Pensei também em escrever sobre a universidade, mas são tantas as minhas indignações reflexões e expectativas que realmente necessitaria tempo.Porem felizmente com as férias pude acabar juntando as duas coisas para compor esse texto.

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E nada mais interessante do que escrever nesse período de férias, embalado pelo sentimento de esperança e virada de ano para falar sobre uma universidade que merece destaque e é sem duvida de grande importância na nossa região. Porem como terei que delimitar o tema, falarei do centro de formação de professores e terei que ser ainda mais especifico e subjetivo ao falar dos professores e sujeitos, entidades que compõe o centro como também sobre o prisma da minha presença de apenas um ano no centro e quanto estudante. Aos outros campus deixaremos para os outros estudantes fazer se julgarem necessário as reflexões desses cinco anos sobre a universidade.

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Começo parabenizando aos mestres que acreditaram e acreditam desde sempre na universidade, desde o seu surgimento e os que também estão chegando,cheios de esperanças. Aos que partiram para outro campus e voltaram para sua terra natal em função de não gostarem do local ou ainda da desestrutura da universidade rotularemos de covardes esses profissionais apolitizados e entregaremos a eles a cartilha da nossa região onde foram mais de 35 anos de abandono. Aqui não será tolerável nenhum hipócrita construtivista, mas um militante guerreiro.

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Parabenizo sim os mestres que conhecem as deficiências do recôncavo e tentam progredir com os filhos que habitam essa região e que conversam com seus alunos entendendo seus problemas, anseios, dificuldades. O corpo docente que pensa que será feliz aquele que simplesmente reprovara seus alunos e não procurar entender as razões dos seus problemas podem também se retirar quanto outros covardes. No centro precisamos de humanos que tenham um caso de amor e uma relação amistosa com os estudantes. Os corações de pedra que permaneçam em seus muros acadêmicos por que no centro de professores não será admissível esse tipo de postura.

Aos diretórios do centro é necessário buscar forças em si próprios.Deixar de acreditar em atos heróicos dos anos 60 e resgatar o sentimento de militância batalha e luta pela defesa dos estudantes.È desolador um centro que mantem-se apático e desarticulado como o do centro de formações.E o mais grave os que representam os estudantes parece voltar contra os mesmos.Mas Paulo Freire explica, esta tudo la, em seu livro chamado Conscientização na terceira parte chamado da Práxis da libertação onde ele diz que: “ a fase inicial do combate em lugar de lutar pela liberdade,os oprimidos tendem a converte-se eles mesmos em opressores ou “sub-opressores” e em sua máxima ele ainda complementa dizendo que Sua visão e individualista,por causa de sua identificação com o opressor: não tem consciência de si mesmos enquanto pessoas , enquanto membros de uma classe oprimida e fecha dizendo ”Somente os oprimidos podem libertar os seus opressores libertando a si mesmos.Converter-se aos homens exige uma profunda ressureição.

Portanto , é necessário ressurgir. (...)O exercício da militância tem que habitar não por um status vazio,mas fazer as coisas acontecerem de fato.Não podemos nos deixar contaminar pela desunião morosidade e a -politização pois só iremos ser reprodutores e cúmplices da nossa histora enquanto recôncavo.

Um detalhe: sempre vejo em congressos doutores vindo de outras regiões falar bem da universidade federal do recôncavo.. não somente das suas políticas e esforços pelas instancias maior do poder , mas o que ela poderá vir a ser enquanto mudança comparado as universidades mais tradicionais.Por isso e necessário lutar para formação de um currículo cada vez mais a cara do recôncavo,humanizar os professores,pois penso que nos é que ensinaremos a eles .A formação dos nossos professores foram as mais desastrosas, uma ciência fria,com pouco contato com o aluno, a base da coercitividade.

E nesse quesito eu sou otimista por que é na medida que transparecemos as dificuldades em leituras de maior complexidade,na relação complexa entre os números,na medida em que timidamente são criados eventos estudantis dentro do centro,quando os estudantes em sua máxima altruísta auxiliam-se na criação de grupos de estudos,na medida em que por sermos uma pequena unidade , temos tempos em nos ver, pela primeira vez em uma universidade temos a oportunidade de professores e alunos virem no mesmo ônibus dialogando e na própria universidade trocando idéias,podendo parar para dialogar nos corredores e ter uma lembrança direta do mesmo.Isso sim essas mínimas ações é que sem duvida que ira transformar a universidade .Mas estamos próximos, porem,é preciso dizer algo mais.

A universidade esta em formação o que nos oportuna crescer juntamente com ela.E isso é sublime.Crescer com a universidade, crescer com o recôncavo.E conhecimento e isso, crescimento e transformação.Mas e necessário se perceber autores desse processo.Não como alunos que vão para casa e voltam para universidade com interesse em apenas conhecer , mas ir alem das fronteiras que a universidade permite por isso devemos ter um diretório que seja referencia objetivo atuante perseverante que pense com os demais cursos e não fechado em seus guetos.E sobretudo professores e alunos tem que convergirem e abraçarem esse desafio.

Pois bem a universidade faz cinco anos e sempre que possível e bom alguém puxar as orelhas erguer a cabeça fazer lembrar de valorizar. Pois, ou acreditarmos em nós mesmos ou o que nos resta é acreditar na própria sorte.

E faço um apelo: Eu gostaria de que daqui a uns cinco anos já estivéssemos com esses entraves resolvidos por que o resto vem com o tempo laboratórios,estrutura física pois é mais do que urgente sairmos da condição de oprimidos do recôncavo.Para que nos anos que se sucedem possamos olhar para trás com orgulho e mais esperança.

Danillo Cerqueira Barbosa é estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, professor e escritor.Texto escrito em 30/01/2010 E-mail: danillo1987@hotmail.com

A Universidade Federal do Recôncavo tem apenas 5 anos de vida, esta localizada no interior da Bahia, na região do recôncavo, como extensão da tradicional Universidade Federal da Bahia, tem sua cede localizada na cidade de Cruz das almas e diversos campus na cidade de Santo Antonio de Jesus, Amargosa e Cachoeira.

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