A vida dos outros
A vida dos outros Ć© uma petisco irresistĆvel.
Ah! Que ocupação maravilhosa!
Podemos tirar,
podemos botar,
podemos modificar do modo que mais nos conviermos.
Julgamos conforme nossa realidade.
Sempre é fÔcil para nós observadores definir situações,
estamos sempre atentos para os erros e falhas,
nossos olhos dançam vasculhando todos os ângulos,
sempre investigando todos os cantos,
estamos sempre nos esforƧando por descobrir um defeito,
para mais que depressa nos deleitarmos,
deliciarmos-nos com imenso prazer de apresentar uma solução,
ou exibir uma adequação.
Ć como Viver em uma realidade virtual,
por mais intervenção que tenhamos,
nada na verdade nos atinge,
e assim friamente julgamos,
e damos nossa sentenƧa conforme nosso sentimento,
de acordo com nossa realidade,
e quando não mais nos interessa,
abandonamos o Avatar e procuramos Viver outra historinha.
Ah! Como Ʃ fƔcil resolver o problema dos outros,
Epa! e… os meus problemas,
E… minha vida,
Deixa prĆ” lĆ” que os outros cuidam!
Jorge Francisco