Afetividade na Educação Infantil

RESUMO

ANÚNCIO

O presente artigo refere-se a uma revisão bibliográfica de diversos autores, sobre a afetividade na educação infantil, esta por sua vez inicia sua formação na família que é o responsável pela formação inicial da criança, outra instituição de grande importância para a formação da criança é a escola, pois através da troca de afeto entre professores e alunos resulta em um significativo processo de ensino aprendizagem, pois quando uma criança sente-se acolhida em uma ambiente, ela consegue expor seus sentimentos, o qual melhora a socialização entre as pessoas, e a curiosidade para aprender, além de despertar a motivação.

ANÚNCIO

Palavras-chaves: afetividade, aprendizagem, educação infantil, ensino.

ABSTRACT

ANÚNCIO

This article refers to a review of several authors on affectivity in early childhood education, this in turn starts to form in the family who is responsible for initial training of the child, another institution of great importance for the education of children is school, because through the exchange of affection between teachers and students  results in a significant teaching and learning process, because when a child feels welcome in a environment she is able to expose their feelings, which improves the socialization between people, and the curiosity to learn, and to arouse motivation.

Keywords: affection, learning, early childhood education, education.

1 INTRODUÇÃO

A afetividade faz parte do indivíduo desde seu nascimento e o acompanha durante toda sua vida, esta por sua vez desempenha um papel extremamente importante para todas as relações do ser humano e seu desenvolvimento.

Os primeiros professores de uma criança são seus pais, pois pesquisam indicam que uma família bem estruturada afetivamente/emocionalmente trás resultados positivos relacionados ao desenvolvimento cognitivo de uma criança. Uma criança amada, respeitada e acolhida certamente desperta a curiosidade para conhecer e assim desenvolve se aprendizado. É na família que a criança faz seus primeiros vínculos afetivos e é por meio dela que o individuo é apresentado ao mundo cultural. Ela é a grande responsável pela educação das crianças e também da sua aprendizagem e é por meio desta aprendizagem que o individuo começa a construir saberes.

Além da família, a escola também é responsável pela formação integral de uma criança, o professor é o espelho de um aluno, o mesmo reflete sua imagem, sua postura, assim manifesta a percepção, a sensibilidade e o interesse da criança na busca do conhecer.

No presente artigo foi feito uma simples abordagem sobre a afetividade na educação infantil, onde foram destacados alguns temas, tais como: conceitos, o desenvolvimento da afetividade na família e na escola, e a importância da afetividade no processo de ensino aprendizagem que é o enfoque principal do artigo.

1 Afetividade: Conceito

No Dicionário Aurélio (1994, p.80), o verbete afetividade está definido da seguinte forma: “Psicol :Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.”

A afetividade desenvolve um papel importante nas relações básicas de um individuo, além de influenciar na percepção, na memória, no pensamento e na iniciativa de ações, sendo assim através da afetividade que a personalidade de uma criança é formada.

“A afetividade refere-se às vivências dos indivíduos e às formas de expressão mais complexas e essencialmente humanas”. (Krueger apud Silva, 2008, p. 1), ela desenvolve a criança as ações pensamente e demais ações desenvolvidas por ele .

Afetividade é o termo usado para designar e resumir não só os afetos em sua acepção mais estreita, mas também os sentimentos ligeiros ou matizes de sentimentos de agrado ou desagrado, enquanto o afeto é definido como qualquer espécie de sentimento e emoção associada à ideias ou a complexos de ideias. (Cabral e Nick apud Oliveira e Ruiz, 2005, p.1).

A afetividade é uma dimensão indissociável do desenvolvimento biológico e cognitivo que compõe a vida e as relações das pessoas desde a infância até a velhice. Segundo Wallon apud Alves (s.a,p.8) “muito cedo na vida da criança estabelecem-se laços afetivos que são também importantes para sua sobrevivência quanto à alimentação material.

Segundo Ferreira (1999, p.62) afetividade significa: “Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza”.

A afetividade tem grande função no processo de desenvolvimento da personalidade de uma criança, e é formada a partir da ação do meio social, pois assim como a inteligência ela é construída ao longo de uma história podendo se modificar de um período a outro.

"A afetividade não se restringe às emoções e aos sentimentos, mas engloba também as tendências e a vontade." (Piaget apud Arantes, 2003, p.57), nessa frase Piaget afirma a ideia de que o ser humano se desenvolve cognitivamente a partir de uma afetividade na família e também no ambiente escolar, estar bem afetivamente é estar bem consigo, e assim está mais disposto para novas ações aprendizados é estar motivado para buscar conhecimento.

A afetividade tem um papel imprescindível no processo de desenvolvimento da personalidade da criança, que se manifesta primeiramente no comportamento e posteriormente na expressão. Almeida (1999, p.42) ao mencionar Wallon diz que ele “atribui à emoção como os sentimentos e desejos, são manifestações da vida afetiva, um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano. Entende-se por emoção as formas corporais de expressar o estado de espírito da pessoa, este estado afetivo pode ser penoso ou agradável.”

2 O desenvolvimento da afetividade na Família  e na  Escola

Desde o nascimento de uma criança é importante ela estar inserida em um ambiente que possa satisfazer suas necessidades, como o afeto, segurança, comunicação, educação, pois a partir desses fatores bem desenvolvidos em uma criança ela passar a ser mais receptiva ao aprendizado.

Os primeiros professores do cérebro de uma criança são seus pais, uma família estruturada afetivamente proporciona resultados significativos no desenvolvimento cognitivo de uma criança.

A afetividade faz parte do indivíduo desde o seu nascimento e o acompanha a vida toda, ela desempenha um papel de grande importância para todas as relações humanas.

As relações familiares e o carinho dos pais exercem grande influência sobre a evolução dos filhos, pois a inteligência não se desenvolve sem a afetividade.

O desenvolvimento psicológico de uma criança dá-se através do meio social que ela convive. Segundo Almeida (1999, p. 63) ao mencionar Wallon ela observa que “são as emoções que unem a criança ao meio social: são elas que antecipam à intenção e o raciocínio.”

Para Wallon (2007, p.122) “é inevitável que as influências afetivas que rodeiam a criança desde o berço tenham sobre sua evolução uma ação determinante”.

Segundo Boing e Crepaldi apud Oliveira e Ruiz (2005, p.7):“ o desenvolvimento da aprendizagem e da consciência de um bebê, depende dos sentimentos maternos , que são passados, pois eles criam um clima emocional que transmite ao bebê muitas experiências vitais”.

Uma relação amorosa e contínua entre mãe e filho desempenha papel importante para a saúde mental de uma criança, bem como na formação de sua personalidade. Uma relação afetiva/amorosa com a criança deve envolver toda a família e implica futuramente em agentes importantes de socialização inteligência de uma criança.

Na teoria de Piaget, a afetividade é caracterizada como instrumento propulsor das ações, estando à razão a seu serviço. Sobre esse ponto, Taille, Dantas e Oliveira, (1992, p. 66), explicam que para Piaget:

A afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados e obter êxito nas ações. Nesse caso não há conflito entre as duas partes. Porém, pensar a razão contra a afetividade é problemático por que então deve-se –ia , de alguma forma dotar a razão de algum poder semelhante ao da afetividade , ou seja, reconhecer nela a característica do móvel, de energia.

De acordo com Novaes apud Almeida (1984, p. 4) a carência afetiva materna não só produz choque imediato, mas deterioração progressiva, tanto mais grave, quanto mais longa e precoce for à carência. Essa deterioração é um processo evolutivo que pode culminar numa desintegração da personalidade, como também provocar distúrbios sérios na área somática. Enfim, a angústia provocada, em crianças pequenas, pela perda ou separação da figura materna determina Mecanismos de defesa que podem comprometer e modificar a sua personalidade.

“A família é essencial para que a criança ganhe confiança, para que se sinta valorizada, para que se sinta assistida”. (Gabriel Chalita, 2004, p.26). Por isso é de extrema importância criar um elo de comunicação entre a família e a escola. Ambas necessitam uma da outra.

As relações familiares e o carinho dos pais exercem grande influência sobre a evolução dos filhos, em que a inteligência não se desenvolve sem a afetividade. Segundo Almeida (1999, p. 50):

A afetividade, assim como a inteligência, não aparecem pronta nem permanece imutável. Ambas evoluem ao longo do desenvolvimento: são construídas e se modificam de um período a outro, pois, à medida que o indivíduo se desenvolve, as necessidades afetivas se tornam cognitivas.

É na família que a criança aprende a equilibrar suas emoções, que são tão importantes quanto aprender na escola, ler, escrever, calcular e viver sociável, a afetividade unida ao bom aprendizado se completa na escola, local onde a criança passa boa parte de sua vida, está por sua vez tem a responsabilidade de reafirmar e continuar a construção iniciada em casa pela família, os professores são os espelhos dos alunos, é ele quem organiza e instiga a busca do conhecimento e despertando o interesse das crianças para o conhecer.

Para Cury (2003, p 36) “os professores precisam deixar de serem bons e se tornarem fascinantes para que suas aulas e conteúdos façam sentido e possam ser assimilados por seus alunos. “Na sala de aula não há necessidade de o professor ser “bonzinho” ele precisa ser amoroso, saber separar os momentos que ocorrem em sala de aula, ele precisa deixar que sua afetividade penetre no aluno, só assim conseguirá ter o alunos para si e fazer com que o mesmo aprenda, em nossa era precisamos de professore que fascinem o aluno, sem deixar de assumir o papel de professor, é necessário que o professor cative seu aluno, assim o próprio aluno percebe que na escola ele tem a mesma influencia que recebeu em casa, onde ficará cada vez mais motivado e em busca do saber.

3  Afetividade e o aprendizado na Educação Infantil

“As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores”. (Saltini apud Krueger, s.a, p.1)

A aprendizagem está intimamente ligada à afetividade, pois, sem afetividade, não há motivação e sem motivação, não há conhecimento. "A afetividade e o desenvolvimento da inteligência estão indissociadas e integradas, no desenvolvimento psicológico, não sendo possível ter duas psicologias, uma da afetividade e outra da inteligência para explicar o comportamento." (Piaget apud Arantes, 2003, p.56).

Quando Jean Piaget se refere ao desenvolvimento intelectual é considerado dois fatores: o cognitivo e o afetivo.Segundo ele para ter um bom desenvolvimento cognitivo em primeiro plano deve haver um desenvolvimento afetivo, uma está interligado ao outro, pois a partir do afeto que muitas sentimentos são desenvolvidos incluindo o interesse pelo aprendizado.

Conforme Vygotsky apud La Taille (1992, p. 76), explica que o pensamento tem sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção. Em sua teoria Vygostsky destaca a importância das ligações entre a afetiva e cognitiva, em relação ao funcionamento do psicológico humano.

A infância é um período em que a criança vive um processo de adaptação progressiva ao meio físico e social. Nesse momento, dá-se um rompimento da vida familiar da criança para iniciar-se uma nova experiência. Dessa forma, para que a criança tenha um desenvolvimento saudável em todos os aspetos – cognitivo, biológico, cognitivo e sócio-afetivo – é necessário que ela se sinta segura e acolhida. O ambiente o qual a criança será submetida, seja ele qual for, deverá proporcionar relações interpessoais positivas e os educadores devem buscar uma abordagem integrada, enxergando a criança em sua totalidade.

As aprendizagens ocorrem, inicialmente, no âmbito familiar e, depois, no social e na escola. Podemos observar que existe uma grande dificuldade quando ocorre a separação da criança no meio familiar para o meio escolar, então esse é o momento onde professores de educação infantil devem também estar preparados efetivamente para receber sua criança, que por sua vez vem para o ambiente escolar, como medo e ao mesmo tempo cheia de expectativas.

Os problemas de aprendizagem como leitura e escrita podem ser causas, sinais e evidências de um processo educacional que está desarticulado ao longo de sua evolução histórica, sendo necessário um resgate do processo de ensino – aprendizagem, deixando aos educadores e aos pais a incapacidade de entender tais problemas como a leitura e a escrita. Segundo Almeida (1999, p.91), “[...] é preciso que o professor esteja muito atento aos movimentos das crianças, pois estes podem ser indicadores de estados emocionais que devem ser levados em conta no contexto de sala de aula.”

A escola por si própria deveria ser modificada, transformando-se em uma alternativa de equilíbrio cognitivo e afetivo para as crianças que passam por ela, sempre visando os problemas que serão encontrados no perfil de cada criança, deveria ser espaço de segurança para o aluno, local onde ela se sentisse acolhida, amada, respeitada onde pudesse desenvolver-se naturalmente, mas para isso primeiramente é necessário deixar esquecido intolerâncias,preconceitos e preferências , fatores esse que são muitas vezes observados por ocorrer em sala de aula. Acima de tudo na escola deve ocorrer a união e participação de todas as pessoas presentes, de maneira que demonstre para o aluno o laço de afeto que ocorre entre todos que ali convivem.

Em uma escola um professor jamais transmitir insegurança a uma criança. Para Lima (1994,p.45) Deve-se:

“Evitar transmitir desânimo e cansaço para as crianças. E quando percebem este tipo de sentimento, tente mostrar que a questão não é com elas. Na verdade, as condições gerais externas á criança é que são realmente causa de desânimo e cansaço”.

Toda relação com uma criança deve-se manifestar afetividade, onde o professor deve conhecer seu aluno, abraçar, perceber se ele está bem, ou se está deixando transparecer algum problema, se tiver jamais deve ser deixado esquecido, e sim mostrar sua preocupação com ele, desse modo ele se sentirá importante, podendo mudar seu comportamento.

A serenidade e a paciência do educador mesmo em situações difíceis fazem parte da paz que a criança necessita. Observar a ansiedade, a perda de controle e a instabilidade de humor, vai assegurar à criança ser o continente de seus próprios conflitos e raivas, sem explodir, elaborando-os sozinha ou em conjunto com o educador. A serenidade faz parte do conjunto de sensações e percepções que garantem a elaboração de nossas raivas e conflitos. Ela conduz ao conhecimento do si - mesmo, tanto do educador quando da criança (SALTINI, 1997, p. 91).

Vygotsky e Wallon descrevem o caráter social da afetividade, sendo a relação afetividade-inteligência fundamental para todo o processo de desenvolvimento do ser humano. Cabe ao educador integrar o que amamos com o que pensamos, trabalhando de uma só vez, a razão e a emoção. Só se aprende a amar, quando se é amado. Por isso a criança tem que se sentir amada, para descobrir o que é amor. Nós não damos aquilo que não temos.

“A escola faz um tipo de trabalho e a família outro. Ambas se complementam de forma maravilhosa e incrível para o bem estar e a formação integral das nossas crianças. Mas nem uma nem a outra podem suprir todas as necessidades infantis e juvenis sem ser um conjunto. (ZAGURY, 2002, p. 24)

Segundo Piaget apud Balestra (2007, p.42) o professor é o elo fundamental, indispensável para estabelecer a interação quem aprende - objeto de conhecimento, e para que esta interação se dê os laços de confiança e afetividade entre aquele que ensina e aquele que aprende devem estar bem consolidados, pois “a afetividade deve ser vista como a força motriz que impele o sujeito para o conhecimento.”

Para que haja esse processo educativo efetivo é necessário que algo mais permeie essa relação aluno-professor. É esse algo a mais que falta em diversas instituições de ensino. A afetividade, uma relação mais estreita entre o educando e o educador.

A escola é o local onde a criança complementa as formação cognitiva  (pois esta tem início da família) e afetiva, a instituição de ensino é o principal responsável pelo processo , nesse caso fica muito difícil ensinar , quando uma criança não sente segurança no local onde passar muito tempo de sua vida,portanto o papel da escola é de acolher, transmitir afeto para seus alunos , assim um conjunto afetividade/aprendizagem formará uma criança sociável, que busca novos caminhos, disposta e pronta para conhecer o novo , nada para ela será dificuldade, assim será preparada para a vida.

Para Lima (1994, p.44) baseado na teoria de Piaget, “um professor deve deixar transparecer um afetividade igual por todas as crianças, suas preferências não devem ser manifestadas em sala”.

Segundo Masseto apud Siqueira (2008, p.3), o sucesso (ou não) da aprendizagem está fundamentado essencialmente na forte relação afetiva existente entre alunos e professores, alunos e alunos e professores e professores.

Wallon apud Almeida (1999, p.51) destaca que "a afetividade e a inteligência constituem um par inseparável na evolução psíquica, pois ambas têm funções bem definidas e, quando integradas, permitem à criança atingir níveis de evolução cada vez mais elevados"

Em uma boa prática educativa, o professor não deve usar seu autoritarismo para “prender” seus alunos, mas deve transmitir afetividade, dessa forma ele consegue atrair a atenção de seus educandos bem como transmitir conhecimento proporcionando aprendizagem.

A afetividade tem uma valiosa contribuição para o desenvolvimento da criança, principalmente na educação infantil, uma criança bem desenvolvida  , tanto na escola como na família , onde ela tem laços de amor, e afeto , tem um bom desempenho cognitivo.

O grau de afetividade que envolve a relação do (a) professor (a) com os seus pares representa o fio condutor e o suporte para a aquisição do conhecimento pelo sujeito. O aluno, especialmente o da educação infantil, precisa sentir-se integralmente aceito para que alcance plenamente o desenvolvimento de seus aspectos cognitivo, afetivo e social. (BALESTRA, 2007,p .50).

O processo de desenvolvimento infantil se realiza nas interações, que objetivam não só a satisfação das necessidades básicas, como também a construção de novas relações sociais, com o predomínio da emoção sobre as demais atividades.

A afetividade só é estimulada através da vivência, na qual o professor-educador estabelece um vínculo de afeto com o educando. A criança precisa de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem.

Conclusão

A afetividade esta presente em todas as relações pessoais e profissionais, por isso, sua importância na realização subjetiva de cada individuo. A afetividade, nos primeiros anos de vida, é ainda mais importante, pois é quando a criança ou o adolescente está aprendendo a organizar suas estruturas mentais e cognitivas

A afetividade influi e facilita na aprendizagem, pois nos momentos informais, o educando aproxima-se do educador, trocando experiências, expressando seu ponto de vista e fazendo questionamentos, sendo tais atitudes significantes para a construção do conhecimento. Dessa forma o professor deve sempre estar aberto ao diálogo e atitudes que favoreçam o aprendizado de seus alunos, mantendo com eles um bom relacionamento

Cabe aos pais e aos professores construírem com o papel de afetividade no desenvolvimento da criança, onde sejam trabalhadas as emoções de forma prazerosa, pois o resultado do trabalho com essas emoções pode resultar em grandes aprendizagens significativas, seja ela em casa ou na escola.

A afetividade estimula a criança a alcançar seus objetivos e a ter êxito em seu processo de aprendizagem, por isso, deve estar presente em seu cotidiano escolar, pois envolve atenção, carinho, respeito e interesse, logo quando existe uma relação de troca, o processo de ensino-aprendizagem será efetivamente produtivo.

Dessa forma, podemos notar que a afetividade se constitui um fator de grande importância no processo do desenvolvimento humano, e, por conseguinte na determinação da natureza das relações que se estabelecem entre pessoas. Para que essas relações sejam construtivas, a presença da afetividade é indispensável, pois ela irá nortear o processo de interação e de convivência entre elas.

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