Bons técnicos, bons líderes

Por Sonia Jordão
Para ser considerado um líder exemplar é preciso conseguir ótimos resultados com a equipe. No esporte não seria diferente, uma vez que o objetivo é o mesmo: alcançar resultados através da influência sobre as pessoas. Podemos dizer que mais uma vez a diferença está na equipe, no time e na tarefa a ser executada. Como as pessoas são sempre diferentes uma das outras, as atitudes do líder precisam ser adaptadas a cada equipe. O estilo de liderança aplicado pode e deve variar em cada caso. O técnico Felipão, por exemplo, é um líder que procura fazer com que todos se sintam importantes e valoriza o trabalho em equipe. Não é suficiente ter só Ronaldos no time e pensar em atacar o tempo todo. A defesa também é extremamente importante.

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O Romário é muito bom, mas quando não foi convocado para a última Copa, e muitos questionaram, eu não me admirei. Acontece é que suas características são incoerentes ao estilo de liderança do Felipão. Afinal, Romário é um jogador individualista e não sabe trabalhar bem em grupo. É claro que é necessário ter talento, mas, principalmente, é fundamental saber jogar em equipe, sem esquecer da necessidade de se formar e se identificar outros líderes no time. Num jogo de futebol, o capitão pode fazer a diferença, assim como fizeram “Dunga” e “Cafu”.

Os verdadeiros líderes falam a mesma língua da equipe, enfrentam as dúvidas e dão respostas. Nas organizações atuais, é cada vez mais desvalorizada a figura do chefe autoritário e centralizador. Atualmente, buscam-se líderes verdadeiros que sejam reconhecidos como “desenvolvedores” de pessoas; saibam transmitir claramente metas e conduzam a equipe aos resultados positivos, extraindo o melhor de cada colaborador. As organizações querem líderes que motivem, envolvam e inspirem o grupo, consigam “lapidar” talentos e revelem novos potenciais, numa relação com ganhos para todos. No mundo de hoje, os profissionais – os jogadores –, mesmo que isso desagrade a muitos torcedores, fazem parte desse contingente e, portanto, precisam ajudar a organização a crescer e superar desafios.

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Os times de futebol são também empresas e, como tal, devem ser gerenciados. Precisam ter bons líderes e equipe. Nos campos de futebol, os técnicos precisam demonstrar resultados rápidos e se o time não vai bem, a culpa geralmente recai sobre eles. No comércio e na indústria, entre outros segmentos, não é muito diferente. Os líderes, pensando em toda a equipe, precisam demitir os incompetentes e buscar pessoas talentosas, senão a empresa não consegue alcançar suas metas. A pressão por resultados e metas agressivas faz parte da realidade da maioria das organizações. A concorrência é grande e, às vezes, os objetivos são os mesmos: chegar em primeiro lugar. No futebol, por exemplo, o segundo lugar é o primeiro dos perdedores.

Os profissionais com talento e habilidades especiais, que desenvolvem e buscam os conhecimentos necessários e que tomam atitudes nos momentos certos, se destacam dos demais e são procurados no mercado tornando seu passe mais valorizado. Eles não ficam sem trabalho e podem até escolher em qual empresa trabalhar. Para conseguir bons resultados, alguns tópicos devem ser observados:

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  • Monte estratégias e tenha coragem de ir em frente, enfrentando a pressão da incerteza.
  • Adote comunicação direta, falando o que acontece para não serem difundidas só as más notícias.
  • Evite deixar a equipe em pânico, principalmente, quando tiver de lidar com a pressão do tempo.
  • Vença a pressão do cliente, cuide bem dele.
  • O cliente ou torcedor pode até não ter razão, mas é a razão da empresa ou clube de futebol existir. São eles que pagam os salários.
  • Pressões por resultados são superadas democratizando as decisões sobre as metas futuras.
  • E, finalmente, é preciso vencer a pressão por diversidades. Invista nessa idéia. Ela dá trabalho, mas enriquece o debate e a criatividade.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

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