O desenvolvimento da criatividade exige de nós um empenho permanente. Não podemos ser criativos apenas em determinados momentos e, logo depois, mergulhar no comportamento rotineiro, produto da inatividade mental.
Como disse o escritor Somerset Maughan, “a imaginação aumenta com o exercício”. Dessa maneira, precisamos compreender que a capacidade criadora não é algo que se esgota com o uso. Muito pelo contrário: somente a utilização constante da criatividade é capaz de aumentar o potencial e vigor de sua energia.
A atividade criadora rejeita a obediência cega às atividades normalmente aceitas e exige uma atitude crítica em relação a todas as idéias, submetendo-as ao julgamento da razão. É importante compreender que existem inúmeros problemas sem respostas, e que inúmeras respostas precisam ser reformuladas para não se tornarem problemas.
Mas não existe uma só maneira de buscar soluções para os problemas. Poincaré, um dos grandes matemáticos de nossa época, recomendava esquecermos o problema por algum tempo, depois de pensar nele horas a fio. Muitas vezes, dizia Poincaré, a solução aparece sem que a pessoa esteja pensando conscientemente no problema. É claro que este método não pode servir a todos os tipos de pessoas.
Um outro método, freqüentemente utilizado nos Estados Unidos, é o brainstroming ou tempestade cerebral. Apesar do nome engraçado, é um método bastante funcional. Na realização do brainstroming adota-se o seguinte procedimento: diversas pessoas reúnem-se para resolver o problema e durante um certo tempo elas sugerem as mais variadas idéias. Todas as sugestões são anotadas, mesmo que, aparentemente, não tenham menor sentido. A solução para o problema pode surgir da combinação de várias sugestões.
Referência: Educação artística – expressão musical corporal e plástica. (Cap. 7 – Desenvolvendo a Criatividade) Autor: Gilberto Cortim – Ed. Saraiva.