Maria José de Araujo Filha[1]
RESUMO
A necessidade de tornar pessoas autônomas leva os educadores a refletir sobre o papel da educação.
Sair daquele modelo tradicional de educação e abrir espaço para o novo é uma transformação que requer que o educador desenvolva a própria autonomia para poder desenvolvê-la nos outros. Romper com a heteronomia herdada do modelo tradicional de educação e tornar o sujeito capaz de refletir, refazer pensamentos, contestar, tomar decisões e transformar sua própria realidade.
Seria necessário que as universidades e os centros de pesquisas que têm uma responsabilidade social frente à demanda que exige a formação de professores pudessem desenvolver metodologias de ensino alternativo que superassem o divórcio entre o discurso e a prática na questão da educação para a cidadania.
PALAVRAS-CHAVE: autonomia, educação, transformação
INTRODUÇÃO
Para que as condições concretas que limitam a autonomia sejam transformadas, é preciso reinventar o mundo de hoje e a educação é indispensável nessa reinvenção. Essa reinvenção do mundo exige comprometimento. Da mesma forma que não é possível entrar na chuva sem se molhar, não é possível educar sem revelar a própria maneira de ser, de pensar politicamente (cf. FREIRE, 2000a, p. 108). Por isso a importância da coerência entre o que se diz e o que se faz. Freire (idem, p. 110) nos diz que o professor não pode ser um sujeito de omissão, mas de opções. Como experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção no mundo, o que implica além do conhecimento dos conteúdos, um esforço de reprodução ou desmascaramento da ideologia dominante. Freire destaca que os interesses dominantes procuram promover uma educação cuja prática é imobilizadora e ocultadora de verdades. Mas os fatalismos que procuram deixar as coisas como estão devem ser negados, eles ajudam a manter uma situação que é imoral e heterônoma. A prática educativa que propomos deve ser uma tomada de posição frente ao mundo no sentido de transformá-lo para que condições heterônomas sejam superadas, para que se estabeleçam relações e condições que possibilitem a autonomia
O nosso trabalho defende uma educação que procure desenvolver a autonomia moral e Intelectual de seus alunos. Piaget e seus seguidores mostram a importância de que as crianças ajam corretamente por escolha própria, e não pela pressão de castigos ou de recompensas. Que tenha respostas corretas, não por que alguém lhe mostrou, mas porque e as encontrou. Não queremos educar crianças como em experiências de laboratório, como os ratos são condicionados. É importante que as crianças tenham consciência de seus atos, que estejam cientes de suas conseqüências e que reflitam sobre eles.
A educação quando autoritária reforça a heteronomia da criança e dificulta a formação de pessoas livres, pois é livre o indivíduo que sabe julgar, e cujo espírito crítico, sentido da experiência e necessidade de coerência lógica se colocam ao serviço de uma razão autônoma, comum a todos os indivíduos e que não depende de nenhuma autoridade externa.(PIAGET, 1998)
Com essas preocupações, a autonomia seria o objetivo da educação, sendo favorecida com métodos que privilegiassem a cooperação, numa relação de respeito mútuo e de investigação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· Autonomia Como Objetivo Na Educação. Disponível em: http://www.urutagua.uem.br. Acesso em: 09/02/20010.
· Debate nacional sobre educação. Disponível em: http://www.debatereducacao.pt. Acesso em: 09/02/20010.
· Educar é função de todos nós. Disponível em: http://www.unioeste.br. Acesso em: 09/02/20010.
· Educar para quê? Disponível em: http://criandoespacos.blogspot.com. Acesso em: 09/02/20010.
· Educação para a Cidadania. Disponível em: http://proex.reitoria.unesp.br. Acesso em: 09/02/20010.
· Educação: Protagonismo na diversidade. Disponível em: http://www.forummundialeducacao.org. Acesso em: 09/02/20010.
· Educar para a vida. Disponível em: http://www.educarparavida.com.br. Acesso em: 09/02/20010.
· Não é só ensinar. Tem que educar. Disponível em: http://feazevedo.wordpress.com. Acesso em: 09/02/20010.
[1] Aluna pós-graduanda em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa