Hoje, há mais de 20 milhões de idosos no Brasil, representando mais de 20% da população. Dentre essas pessoas acima de 60 anos, poucas têm condições de pagar por tratamentos odontológicos particulares.
Embora existam programas como os CEOs (Centro de Especialidades Odontológicas) e as ESF (Estratégia da Saúde da Família), o número de idosos sem assistência ainda é significativo.
Conscientização e a falta de acompanhamento odontológico
A falta de assistência não é o único motivo pelo qual os idosos não têm acompanhamento odontológico. A falta de conscientização também é um fator importante.
Cerca de 70% da população idosa consulta algum tipo de médico em menos de 12 meses, mas 65,7% dessa mesma população visitaram o dentista apenas uma vez em três anos, e cerca de 5,8% nunca se consultaram na vida.
As doenças odontológicas mais comuns em idosos
As doenças odontológicas mais frequentes nessa faixa etária incluem cáries de raiz, doenças periodontais, patologias da mucosa bucal e a necessidade de próteses.
Além de prejudicar a saúde, essas condições bucais afetam o comportamento do idoso, gerando vergonha de mostrar a boca, baixa autoestima e, muitas vezes, isolamento social.
A importância da prevenção e do direito à saúde bucal
É essencial que, pelo menos uma vez ao ano, todos, independentemente da faixa etária, visitem o dentista. A prevenção e a conscientização realizadas precocemente podem evitar problemas bucais no futuro.
Além disso, o direito à saúde, incluindo a saúde odontológica, é um direito do cidadão e deve ser garantido pelo Estado por meio de programas ou políticas públicas universais.
Fonte: Saúde bucal do idoso: por uma política inclusiva, Ana Lúcia Schaefer Ferreira de Mello; Alacoque Lorenzini Erdman; João Carlos Caetano
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