Lagoa Paulino despoluída pela Homeopatia?

Lagoa Paulino despoluída pela Homeopatia? – por Davidson Padrão

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Artigo publicado na Revista Hobby Agosto/2009 – Sete Lagoas/MG

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por Davidson Padrão (editor)

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A Alopatia é a medicina tradicional, que consiste em utilizar medicamentos que vão produzir no organismo do doente reação oposta aos sintomas a fim de neutralizá-los. Exemplo, se você está com dor tome um analgésico. É completamente diferente da Homeopatia que é a especialidade médica que utiliza

doses mínimas do medicamento., tendo como objetivo evitar a intoxicação e estimular a reação do organismo a doença.

Todos já ouviram falar da homeopatia. Mas será que ela pode ser aplicada ao meio ambiente? Em Capim Branco (MG). Município localizado a 20 Km de Sete Lagoas, funciona uma fazenda modelo (foto) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). É lá que os alunos praticam o que aprendem no curso de extensão universitária em Homeopatia. A UFV é a pioneira tanto na implantação do curso quanto no desenvolvimento de tecnologias de aplicação da homeopatia ao próprio meio ambiente. “É um projeto

pioneiro no mundo. Nasceu na Alemanha, mas não existe tecnologia como a de Viçosa, pioneira em utilizar a homeopatia em plantas”, diz Flavio Lourenço dos Santos, aluno do último ano do curso e coordenador do 7º. Seminário de Homeopatia, Ambiente e Terapias Naturais, que será realizado em Capim Branco, no dia 15 de agosto.

Na fazenda de Viçosa, Flávio relata o exemplo de uma goiabeira que dava frutos estragados. Foram aplicados vários processos homeopáticos, como o sulphur, substância extraída do enxofre. “Não dava goiabas e depois do nosso trabalho passou a dar goiabas sadias”, (foto) explica Flávio. Após ser perguntado se a homeopatia aplicada à goiabeira poderia despoluir uma lagoa, ele é categórico. “Sim, isso é possível”. José Alberto Moreno, coordenador do Curso de Homeopatia da UFV e um dos últimos homeopatas clássicos vivos, e sua equipe estão desenvolvendo um projeto para despoluir uma lagoa da localizada em Betim (MG). Flávio explica que “o objetivo é promover a agroecologia sustentável, ou seja sem agredir o meio ambiente”. Moreno, autor de grande parte da literatura sobre homeopatia, também participará do seminário como palestrante.

Um dos anseios do seminário é promover a abertura do mercado para a homeopatia. “Hoje, grandes laboratórios já estão investindo em homeopatia”, conta Telma Borato, aluna de Enfermagem da Faculdade Ciências da Vida e do curso de Homeopatia. Mas a homeopatia é contra a alopatia? “Nós defendemos que os dois andem juntos”, explica Telma. “Hoje está muito bem aceito. Hoje vemos as medicinas alternativas como medicinas integrativas. Pela legislação, a homeopatia já é integrativa. A estratégia de saúde da família já prevê colocar a homeopatia em seu quadro. O Sistema Único de Saúde,

Por exemplo, já pode contratar profissionais homeopatas não médicos, como acontece em Santa Luzia (MG). Outras estão com projeto de entrar, como Betim e Igarapé”, completa a aluna.

O evento em Capim Branco prevê a participação de 300 pessoas diretamente envolvidas com a questão da homeopatia. “Vai ser o primeiro de um série de eventos. Para o ano que vem estamos prevendo Sete Lagoas como sede com uma programação de 3 dias”, revela Flávio. O Seminário é realizado pelo Núcleo de Estágio de Homeopatia e Agricultura Orgânica da Universidade Federal de Viçosa e pela prefeitura de Capim Branco. Depois do Seminário e de tantas tentativas sem sucesso de despoluição da Lagoa Paulino, coração de Sete Lagoas e um dos principais cartões postais da cidade, já imaginou isso acontecendo por meio da homeopatia?