Este projeto nasceu da convergência de esforços oriundos do desenvolvimento de dispositivos sensíveis ao toque realizados pelo Centro de Pesquisas Renato Archer, dos resultados de demonstrações de suas aplicações em que se envolveu desde os anos 90 a Associação Brasileira de Informática (ABINFO), do esforço realizado pelo governo Municipal de Serrana para implantar naquela cidade um programa de desenvolvimento, que contempla toda uma gama de ações com forte ênfase na educação, do apoio da Companhia de Desenvolvimento do Polo Tecnológico de Campinas (CIATEC) e da dedicação e comprometimento de especialistas em tecnologia da informação, em gestão pública, professores universitários, pedagogos, orientadores e professores do ensino fundamental.
No dia 12 de novembro de 2007 foi apresentado, na Exposição do Seminário LatinDisplay 2007 o protótipo de uma carteira informatizada, concebida como veículo de implantação das tecnologias da informação no ensino, com o objetivo de associá-la a outras ferramentas de ensino. A receptividade do protótipo excedeu as expectativas, encorajando a implementação de um Projeto Piloto nas escolas de Serrana já no início do próximo semestre. Este portal congrega os ambientes de trabalho das equipes envolvidas na estruturação do conteúdo didático a ser apresentado nesse projeto piloto. Através dele também se poderá também ter acesso às notícias sobre o seu desenvolvimento.
O “lap tup-niquim”, como foi batizado, ou a carteira escolar digital, foi patenteada por pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) de Campinas e conta com o apoio da Secretaria de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Ensino à Distância do Ministério da Educação.
Victor Pellegrini Mammana, gerente da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) de Displays do Governo Federal e um dos responsáveis pela patente do lap tup-niquim, afirma que o governo federal estuda a adoção das carteiras como uma alternativa, e não um substituto, aos notebooks educacionais.
Ele cita, entretanto, em entrevista à Reuters, que “o laptop [educacional] tem certas características, como tela pequena, teclado apertado e o fato de poder ficar obsoleto em pouco tempo”. Por isso, “surgiu idéia de fazer algo diferente, que valorizasse o conforto e a saúde” dos estudantes da rede pública.
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