Nos Bastidores do que é Notícia: A Pedofilia, a Lei e a Justiça

A Pedofilia é  definida pela Organização Mundial de Saúde como um transtorno de personalidade da preferência sexual, caracterizado pela escolha sexual por crianças de um ou de outro sexo, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade ( 13 anos de idade ou menos).

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No Brasil, temos assistido a inúmeros casos, divulgados pelos meios de comunicação, envolvendo  anônimos e  pessoas influentes  do meio político e social e até representantes do poder judiciário.

Alguns dos casos que mais chamaram a atenção, ocorridos no ano de 2009, foram as denúncias de pedofilia contra duas personalidades do Estado do Amazonas, o juíz Antônio Carlos Branquinho, da cidade de Tefé, e o ex- prefeito de Coarí Manoel Adail Amaral Pinheiro, esse último, investigado pela CPI da Pedofilia do Senado, foi preso preventivamente.

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Mas, apesar da gravidade do caso, a pena dada não foi tão severa como deveria, o juiz Branquinho foi afastado de suas funções e aposentado, como se isso simplesmente fosse o suficiente para puní- lo, como se o fato do mesmo já não exercer sua função no judiciário fosse impedí- lo de cometer atos de perversão.

Com relação ao ex- prefeito Adail, o mesmo teve sua prisão preventiva revogada no apagar das luzes de 2009, beneficiado por liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes.

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O fato causou indignação  na opinião pública e na imprensa do país e os meios de comunicação divulgaram amplamente a matéria.

Infelizmente, o ministro tomou sua decisão provavelmente não baseado no bom senso, mas sim segundo ele, na lei. Tudo bem! é a lei! Mas será que é justo?

Sim, porque  muitas vezes existe uma grande diferença do que é legal para o que é justo. Será que é justo devolver à sociedade, e o que é pior, sem punição, alguém que pratica ato tão hediondo?

E as vítimas? crianças que tiveram sua infância roubada, que sofreram, que perderam sua inocência, quem irá amparar? A justiça? A mesma justiça que libertou quem as violentou?

A sociedade e as mães dessas crianças continuam sem respostas. Esses fatos trazem de volta a velha máxima de que as leis foram feitas para todos, mas  a justiça... Bem a justiça é só para alguns.

Até quando?