Não é de hoje que os escândalos envolvendo a classe política do país estampam as manchetes dos jornais e os noticiários das grandes redes de TV.
Fraude no Painel Eletrônico do Congresso (2001)
Em 2001, a fraude no painel eletrônico do Congresso durante a votação do pedido de cassação do deputado Luis Estêvão teve como principais envolvidos o então senador Antonio Carlos Magalhães e o então deputado federal José Roberto Arruda.
Mensalão do Partido Democrata (2010)
Nesse ano de 2010, as denúncias de pagamento de propinas a deputados distritais, o chamado "Mensalão do Partido Democrata", colocam novamente José Roberto Arruda, então governador de Brasília, como principal envolvido.
Novas Denúncias Contra o Governo
Agora, faltando menos de um mês para as eleições, novas denúncias envolvem integrantes do primeiro escalão do governo, incluindo a ministra-chefe da Casa Civil, ministério responsável pela gerência do governo.
A ministra Erenice Guerra, ex-secretária executiva do ministério, assumiu o cargo após o afastamento de Dilma Rousseff para sua candidatura à presidência da República. A acusação recai sobre Israel Guerra, filho da ministra Erenice, suspeito de corrupção e tráfico de influências.
Ações do Governo para Preservar a Imagem
Com o objetivo de tentar preservar a imagem do governo e evitar prejuízos ao processo eleitoral e à campanha do PT, a cúpula do governo articulou medidas para afastar a ministra de qualquer acusação, anunciando a abertura de um inquérito policial a pedido da própria Erenice Guerra. Segundo o ministro da Justiça, ela não será investigada.
Dada a proximidade das eleições, especula-se que as denúncias teriam motivação eleitoral, como uma tentativa de desestabilizar a campanha de Dilma Rousseff, embora não existam provas concretas.
Impacto na Credibilidade do Governo Lula
Essas denúncias colocam a credibilidade do governo Lula em risco. Embora o impacto imediato sobre a candidatura de Dilma seja limitado, elas podem prejudicá-la a longo prazo.
Esses fatos mostram que a corrupção no país é um mal tão presente que nem mesmo um ministério como a Casa Civil, "carro-chefe" do governo, está livre dela.
Como disse o jornalista Bóris Casoy: "É preciso passar o Brasil a limpo." Antes que seja tarde demais.
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