Somos gente colocada no Éden
Paraíso a ser cultivado e guardado qual jardim.Gênesis 2: 8,9,15O ser humano está diante de seu maior dilema coletivo: o aquecimento global, que afeta a preservação da vida e das espécies. Ações humanas de agressão ao meio ambiente, principalmente as emissões descomedidas de gases do efeito estufa, ameaçam causar sérios danos à espécie humana e desequilibrar todo o meio ambiente do planeta Terra, um ser vivo e patrimônio de todos. Ainda há tempo de corrigir os erros dessas ações antrópicas, e para isso, é premente uma grande força-tarefa de diversos agentes da sociedade para mudar o cenário catastrófico que se avizinha.
No âmbito da comunidade científica, há uma enorme controvérsia sobre um amplo fenômeno, denominado mudanças climáticas, que provocou o aquecimento global em virtude da elevação da temperatura média da superfície da Terra em 0,76º C nos últimos cem anos. Há um confronto entre duas posições diametralmente opostas: uma afirma que o ser humano produziu o aquecimento global, com consequências alarmantes para o planeta e que resta pouco tempo para agir; a outra sustenta que o planeta estará mais frio em poucas décadas, pelo clima ser mais influenciado por radiações cósmicas que por ações humanas. A maioria da comunidade científica e as Nações Unidas são partidárias da primeira posição, enquanto uma minoria de pesquisadores, denominados céticos, defende a outra postura.
O debate em torno da temática ecológica, por tanto tempo deixado em segundo plano pelas autoridades, é acirrado e está no centro das atenções por todo o mundo, e hoje toma proporções globais, por envolver enormes interesses financeiros, políticos, culturais e sociais.
Evitar posições extremamente exageradas, alarmistas e passionais de arautos do apocalipse é o caminho mais indicado para compreender melhor o problema. Em caso de dúvidas sobre posições tão antagônicas para um dilema tão complexo, ainda por vezes coberto de incertezas, tem de se fazer escolhas. Nesse cenário, o caminho mais correto é a ação no sentido de proteger o meio ambiente, pois na natureza não há prêmios nem punições, apenas consequências, e é certo que o ser humano alterou a composição química do planeta.
Ainda se desconhece os limites de tolerância da natureza e qual seu ponto de equilíbrio, mas sabe-se que muitos limites foram ultrapassados e a ciência e a tecnologia, em conjunto com forças de bom senso da sociedade organizada, vão mostrar os caminhos da preservação ambiental e da homeostase do planeta. Afinal, desde os primórdios, o homem interage com o meio ambiente em busca de equilíbrio e sobrevivência, e essa harmonia é obstruída pelo aumento populacional acelerado e consumo em larga escala dos recursos naturais.
O período Holoceno, durante o qual surgiu e se desenvolveu a civilização humana, propiciou uma extensa e longeva zona de conforto, com clima e temperatura em estado de equilíbrio e poucas mudanças abruptas. Por outro lado, vive-se um momento crítico em que o meio ambiente vem sendo firmemente conduzido para um ponto de desequilíbrio, sem retorno ao seu statu é melhor status quo. Todo sistema climático, dada sua não linearidade, pode desequilibrar-se de um estado para outro rapidamente, em busca de uma nova estabilidade, com consequências imprevisíveis, mas certamente catastróficas.
Os ecossistemas têm de ter a capacidade de resiliência ou elasticidade necessária para suportar as deformações e retomar sua forma original, a fim de fornecer alimentos, energia, água e estabilidade climática em prol do equilíbrio e da continuidade da vida. No entanto, não se respeita o tempo necessário para a recuperação do capital natural, pelo contrário, extrai-se da natureza mais que sua capacidade de restauração. Por longos anos, o ser humano tem cometido o crime de lesa-humanidade, ao transformar, modificar e agredir os quatro elementos físicos da natureza: o solo, a água, o ar e a energia solar.
Perdeu-se muito tempo na corrida pela mitigação dos danos causados pelo ser humano à natureza, um tempo que não volta mais e que certamente deixou consequências e graves sequelas. É possível ver o passado, mas não modificá-lo, já o futuro pode ser influenciado, mas não se pode vê-lo. É preferível, então, que a geração atual possa ser reconhecida no futuro por ter agido de forma firme e resoluta na proteção do meio ambiente.
O futuro é construído dia após dia, pedra sobre pedra. Há dados, fatos e informações que possibilitam enxergar à frente sem grandes distorções míopes, de forma a permitir a tomada de decisões seguras para oferecer às gerações futuras uma vida saudável e de qualidade.
As gerações atuais, hóspedes e não senhores da natureza, que não herdaram o planeta Terra dos avós, mas tomaram emprestados de seus filhos, devem atender às necessidades e aspirações do presente sem comprometer a capacidade de também atender às do futuro. Isso é o desenvolvimento sustentável: perene, eterno, perpétuo, que impõe limites para uma questão de sobrevivência.
Paraíso a ser cultivado e guardado qual jardim.Gênesis 2: 8,9,15O ser humano está diante de seu maior dilema coletivo: o aquecimento global, que afeta a preservação da vida e das espécies. Ações humanas de agressão ao meio ambiente, principalmente as emissões descomedidas de gases do efeito estufa, ameaçam causar sérios danos à espécie humana e desequilibrar todo o meio ambiente do planeta Terra, um ser vivo e patrimônio de todos. Ainda há tempo de corrigir os erros dessas ações antrópicas, e para isso, é premente uma grande força-tarefa de diversos agentes da sociedade para mudar o cenário catastrófico que se avizinha.
No âmbito da comunidade científica, há uma enorme controvérsia sobre um amplo fenômeno, denominado mudanças climáticas, que provocou o aquecimento global em virtude da elevação da temperatura média da superfície da Terra em 0,76º C nos últimos cem anos. Há um confronto entre duas posições diametralmente opostas: uma afirma que o ser humano produziu o aquecimento global, com consequências alarmantes para o planeta e que resta pouco tempo para agir; a outra sustenta que o planeta estará mais frio em poucas décadas, pelo clima ser mais influenciado por radiações cósmicas que por ações humanas. A maioria da comunidade científica e as Nações Unidas são partidárias da primeira posição, enquanto uma minoria de pesquisadores, denominados céticos, defende a outra postura.
O debate em torno da temática ecológica, por tanto tempo deixado em segundo plano pelas autoridades, é acirrado e está no centro das atenções por todo o mundo, e hoje toma proporções globais, por envolver enormes interesses financeiros, políticos, culturais e sociais.
Evitar posições extremamente exageradas, alarmistas e passionais de arautos do apocalipse é o caminho mais indicado para compreender melhor o problema. Em caso de dúvidas sobre posições tão antagônicas para um dilema tão complexo, ainda por vezes coberto de incertezas, tem de se fazer escolhas. Nesse cenário, o caminho mais correto é a ação no sentido de proteger o meio ambiente, pois na natureza não há prêmios nem punições, apenas consequências, e é certo que o ser humano alterou a composição química do planeta.
Ainda se desconhece os limites de tolerância da natureza e qual seu ponto de equilíbrio, mas sabe-se que muitos limites foram ultrapassados e a ciência e a tecnologia, em conjunto com forças de bom senso da sociedade organizada, vão mostrar os caminhos da preservação ambiental e da homeostase do planeta. Afinal, desde os primórdios, o homem interage com o meio ambiente em busca de equilíbrio e sobrevivência, e essa harmonia é obstruída pelo aumento populacional acelerado e consumo em larga escala dos recursos naturais.
O período Holoceno, durante o qual surgiu e se desenvolveu a civilização humana, propiciou uma extensa e longeva zona de conforto, com clima e temperatura em estado de equilíbrio e poucas mudanças abruptas. Por outro lado, vive-se um momento crítico em que o meio ambiente vem sendo firmemente conduzido para um ponto de desequilíbrio, sem retorno ao seu statu é melhor status quo. Todo sistema climático, dada sua não linearidade, pode desequilibrar-se de um estado para outro rapidamente, em busca de uma nova estabilidade, com consequências imprevisíveis, mas certamente catastróficas.
Os ecossistemas têm de ter a capacidade de resiliência ou elasticidade necessária para suportar as deformações e retomar sua forma original, a fim de fornecer alimentos, energia, água e estabilidade climática em prol do equilíbrio e da continuidade da vida. No entanto, não se respeita o tempo necessário para a recuperação do capital natural, pelo contrário, extrai-se da natureza mais que sua capacidade de restauração. Por longos anos, o ser humano tem cometido o crime de lesa-humanidade, ao transformar, modificar e agredir os quatro elementos físicos da natureza: o solo, a água, o ar e a energia solar.
Perdeu-se muito tempo na corrida pela mitigação dos danos causados pelo ser humano à natureza, um tempo que não volta mais e que certamente deixou consequências e graves sequelas. É possível ver o passado, mas não modificá-lo, já o futuro pode ser influenciado, mas não se pode vê-lo. É preferível, então, que a geração atual possa ser reconhecida no futuro por ter agido de forma firme e resoluta na proteção do meio ambiente.
O futuro é construído dia após dia, pedra sobre pedra. Há dados, fatos e informações que possibilitam enxergar à frente sem grandes distorções míopes, de forma a permitir a tomada de decisões seguras para oferecer às gerações futuras uma vida saudável e de qualidade.
As gerações atuais, hóspedes e não senhores da natureza, que não herdaram o planeta Terra dos avós, mas tomaram emprestados de seus filhos, devem atender às necessidades e aspirações do presente sem comprometer a capacidade de também atender às do futuro. Isso é o desenvolvimento sustentável: perene, eterno, perpétuo, que impõe limites para uma questão de sobrevivência.
Fonte: Rodnei Vecchia
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