• Peugeot. Dirija esse prazer.
• CrossFox. Compacto pra quem vê. Valente para quem anda.
• Honda. Dá asas a sua imaginação.
• Descubra com a Ford o que é viver o novo.
• Fiat Idea Adventure. A vida na cidade é uma aventura.
• Kangoo Express. Pra você que pensa grande.
• Scenic. Mude sua vida de direção.
• Corolla. Meu carro é numero 1. Paixão mundial.
• BMW. A fórmula exata do prazer e perfeição.
E, por aí vai...
Em nenhum momento percebemos as montadoras ou as agências de publicidade explorando a venda de seus veículos através dos itens e dos acessórios de segurança. Nenhuma das marcas explora a venda dos carros utilizando imagens e mensagens que transmitam os princípios de uma direção defensiva, que ressaltem a segurança e a necessidade do respeito pelo espaço coletivo e compartilhado que é o trânsito.
Todas, sem exceção, vendem a imagem da competição, da corrida e da disputa. Este é certamente um dos motivos que têm gerado tanta violência e competição no trânsito. Faz-se necessário, que todos os setores da sociedade reflitam sobre essas questões e modifiquem seu foco e sua visão quando tratarem do tema trânsito. Trânsito é um espaço público. E, portanto, é um espaço coletivo, compartilhado. Nos espaços compartilhados os deslocamentos, ou seja, o tráfego, deve estar em perfeito equilíbrio com as demais atividades desenvolvidas e as pessoas devem ser priorizadas. Afinal, você já parou para pensar que todos somos pedestres? Nem todos somos motoristas ou ciclistas, mas todos somos pedestres. De acordo com o holandês Hans Moderman, Idealizador do projeto “ESPAÇO COMPARTILHADO” (projeto que vem sendo desenvolvido com sucesso em várias cidades da Europa e que prioriza o desenvolvimento de uma nova política para projetar os espaços públicos, tratando do trânsito como um espaço em que se deve priorizar o ser humano e não o veículo) – “... é fundamental que haja respeito ao ser humano. É preciso oferecer maior espaço para as pessoas nos locais públicos. É necessária uma íntima cooperação entre especialistas das mais diversas áreas (engenharia, arquitetura, psicologia, educação, lazer e eventos, saúde, etc) e os usuários dos espaços públicos, para a sua projeção. O trânsito deve ser percebido como um espaço público, onde o respeito ao ser humano é fundamental.“Vivenciar o trânsito sob uma visão mais humanizada e não apenas sob o olhar técnico (não esquecendo é claro, que as contribuições dessa área são fundamentais para que se possa projetar, planejar e executar as ações e as melhorias) certamente é um dos primeiros passos que precisamos dar. Passos que nos farão trocar a paixão pela máquina, pela paixão pelo ser humano, pois temos que começar a pensar em pessoas quando falarmos em trânsito e não em máquinas apenas.