Procurando ampliar o conceito de pensamento como agente essencial da existência humana, pude verificar que ele é o responsável pelo nosso comportamento, e de acordo com a sua natureza, pode nos levar a praticar tanto o bem quanto o mal. É uma entidade autônoma que se procria e adquire vida na mente do homem, de onde pode passar, depois, a outras mentes sem a menor dificuldade. É comum confundir o pensamento com a mente, com as faculdades e outras funções mentais, mas seria o mesmo que confundir a máquina com o que ela produz.
Para que possamos entrar em contato com a realidade interna é necessário conhecer os pensamentos, identificá-los, classificá-los e selecioná-los. Esta tarefa exige um esforço inteligente e uma observação interna constante, porque os pensamentos negativos, muitas vezes, se apresentam com roupagem de bem, o que dificulta a sua identificação. Eles devem ficar subordinados a nossa razão e atender ao que lhes determinamos, porque podem nos levar a fazer o que não queremos e nos impedir de fazer o que gostaríamos.
A disciplina mental contribui para o melhor aproveitamento das atividades e para uma economia de energia e de tempo nas diversas ordens da nossa vida. Ao executarmos uma tarefa que exija uma concentração maior, como a resolução de um problema, por exemplo, devemos realizar um esforço mental, procurando atrair os pensamentos afins com essa tarefa e afastar os demais que geralmente acorrem nessas circunstâncias, porque ainda que positivos, não contribuiriam para a melhor execução da tarefa em vista, embora possam ser úteis em outras circunstâncias.
Sinval Lacerda
Para mais informações sobre a Logosofia e a Fundação Logosófica: