Sê tu, uma ávida folha, que em suas linhas paralelas
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Enchem-se de gozo, ao com a ponta molhada da caneta tocar
Tua pele de papel maciço, sedento das tuas palavras secas,
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Atrevidas, porém ei de amar.
A correntinha vermelha que carrego no braço indica
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Minha crendice, nos tantos deuses que se possam inventar
A loucura súbita em acreditar que uma força estranha possa
Me ajudar com seus santos e outros trá –lá –lás.
Naquela folha de papel ponho minhas observações
Tão imaturas, tão falsas, que até me fazem criar ilusões
Assim despeço-me do meu ar, do meu pecado original
Que foi o poder de te amar...