Precisava escrever este artigo a fim de ajudar pessoas, que desesperadas da vida, sem horizonte, sem razão para continuarem na terra dos viventes, já desistiram em seus corações, já determinaram sua própria sentença.
Sabia que estava enfrentando um grande desafio! Que palavras teria para dizer a tais pessoas? Que consolo poderia dá-las? A intenção era alcançá-las para poder dizer: “Não desistam! Sigam adiante, a luz brilhará no fim do túnel.”
Poderia ser mais ousado:
“Retroceder nunca, render-se jamais!”
Uma Experiência Pessoal
Uma experiência posso ter concernente a este assunto. Quando se diz ao coração que já não dá mais, determinado a findar com tudo, como um decreto irrevogável, torna-se difícil dizer o contrário. Para tal pessoa é o fim. Digo isto, pois já desisti e fiz um decreto em meu coração (não implicando a morte, é claro!).
A Natureza do Desespero
Não tem o que explicar, é algo pessoal, que até pode se diferenciar de pessoa para pessoa. Porém, quando é pessoal, é algo do íntimo do ser, que só quem vive o que passa pode dizer o porquê. Só Deus pode falar este mistério. Pois é algo que está escondido no profundo do coração humano, como um silêncio infinito no mais profundo abismo.
O Fim Determinado no Coração
Decretar o fim no coração, sentenciando esta implicação à própria vida, é dizer ao inferno ou ao mal, como queira: “Alimenta-se deste meu manjar.”
O Enigma do Suicídio
Poderia pensar no que encorajaria um suicida a cometer o ato de desespero...
Para o lúcido, o ato é insano e diabólico. Talvez, para o suicida, seja um alívio misterioso e inconsciente, em uma tentativa de livrar-se da derrota, mergulhando assim no misterioso aguilhão da morte.
A Escrita como Tentativa de Compreensão
Mesmo assim, continuo escrevendo o que me vem ao coração, nesta tentativa de quebrar este meu próprio conceito de pessoas com tendências suicidas. Acredito no dono da vida, esse Senhor, o Deus que dá a vida como um dom inescusável, mostrando sua grandeza de maneira reveladora na própria vida. O decreto final vem dele.
O Remédio do Amor
Se você está lendo este artigo e conhece alguém suicida, dê-lhe o melhor remédio para a vida, até dos que estão sem esperança de vida: o remédio chamado AMOR.
Para você que pensa em tirar sua própria vida, posso dizer-lhe muitas palavras, mas me deterei somente em poucas delas, na esperança de que Deus lhe dê o renovo no coração. É dele a vida, assim como o mistério da morte.
O Mistério da Vida e da Morte
Conheci um rapaz que, apaixonado, decepcionou-se e deu um tiro na própria cabeça. Lá estava ele vivo, em uma cadeira de rodas... Este é o mistério de que falo. Por que ele não morreu? Seria a morte a solução para nós, mortais, que nada sabemos dela? Solução ou ilusão para um alívio imediato?
Responda a você mesmo, se é que conheces todos os mistérios do universo.
A Decisão de Viver
Viver sim é uma questão manipulável, que você pode determinar pelo que você faz ou pelo que deixa de fazer no momento chamado agora, que, embora chorando, se semeia, para colher no futuro com alegria.
Quem Pode Dizer que Não Dá Mais?
Quem pode dizer que não dá mais?
Qualquer indivíduo maluco, que não conhece seus limites? Ou qualquer situação deprimente e medíocre?
Só você pode determinar na vida o direito de viver e não morrer, mesmo quando tudo ao seu redor diz que não.
Na morte, não se pode determinar nada, mas na vida tudo, em fé em Deus, é possível!