Na análise do livro “Metamorfoses do espaço habitado”, saliento que, Milton Santos é um excelente teórico, pois considero esta obra uma fundamental ferramenta para estudar geograficamente o espaço, espaço este, dirigido e, por conseguinte, relacionado à sociedade, porque ele expõe fatores para melhor compreensão das modelagens e, intrinsecamente, remodelagens do planeta terra, isto é, transformações e, retransformações das formas da superfície terrestre pelos conteúdos (atividades humanas).
Ademais, o livro revela a necessidade geográfica de entender os fatores de periodização para entender aspectos urbanos, por exemplo, pois são os diferentes agentes socioespaciais e, paulatinamente, suas técnicas ao longo da história de um espaço geográfico que, influenciam as outras manifestações humanas, assim como, os novos papéis das ciências empíricas e epistemológicas.
Daí, para Milton Santos, o espaço é entendido como dinâmicas dirigidas pela sociedade, pois o espaço é considerado como uma instância social. E, Milton Santos, observa que a sociedade está espalhada pela superfície terrestre, onde existem regulamentos para viver como social.
Pois, Milton Santos, observa o papel fundamental da ciência geográfica, sendo a ciência do espaço do Homem, no espaço geográfico. Tendo, enfim uma visão holística.
Porque, contudo, o livro “Metamorfoses do espaço habitado” é uma importantíssima base teórica para avaliar as mudanças espaciais dirigidas pelas produções culturais (como, as diversas atividades humanas), por exemplos. Por isso, Milton Santos argumenta e defende de maneira articulada que, são necessárias mudanças rápidas e contínuas com a realidade mundial e suas formas de análises geográficas, pois, daí terá engrenagens essenciais para as totalidades, isto é, a visão do mundo em sistemas (holístico, total) que, produz sensibilidades e flexibilidades com as realidades e totalidades do mundo, pois, desse modo e, portanto, são necessárias mudanças nobres nas atitudes sociais, para que se possam contornar os grandes problemas mundiais (como as desigualdades sociais, econômicas, culturais, a fome, a perversidade do capitalismo etc.), porque são proporcionados pelas percepções.
Então, observa-se no livro a expansão da população e seu significado no espaço habitado, assim como, suas heterogeneidades, suas misturas, suas hierarquias urbanas entre cidades coabitadas, por exemplo, para melhor compreender os espaços geográficos e suas metamorfoses de espaços habitados e, por conseguinte, usar conceitos categóricos da Geografia numa abordagem integradora, isto é, horizontal, ou mesmo, de ótica sistêmica, vendo as totalidades com divisões que complementam seu entendimento geral.
Portanto, segundo Milton Santos, é necessário uma nova visão de mundo e, intrinsecamente, uma renovação nas formas de sua análises geográficas (em aspectos urbano, por exemplo) por causa de suas constantes mudanças, pois a atual não é holística e, nem nobre, pelo contrário, tende a manter status quo das elites corruptas que, são as detentora da maior parte da renda produzida, porque favorece as grandes empresas internacionais e, concentra serviços, assim como, atividades comerciais pela sua galopante condição de mundialização.
Enfim, o livro “Metamorfoses do espaço habitado” de Milton Santos, considera sobre: a redescoberta e a remodelagem do planeta no período técnico científico e os novos papéis das ciências; assim como, salienta sobre a renovação da Geografia que, desde sua origem têm suas contradições teóricas, porém a Geografia se mantém importante para explicar as necessidades humanas no espaço geográfico; a explicação das metamorfoses do espaço habitado, relacionado ao espaço humano; daí, revelando as categorias da Geografia (como, o Espaço, a paisagem, a região, o lugar, o território e outros categorias geográficas subsidiárias direta ou indiretamente), pois considera sobre as categorias tradicionais e, categorias atuais; complementando com a retificação do que é o espaço natural, assim como, o que é o espaço cultural ou artificial (numa concepção de espaço virtual / visual), pois comenta que a espacialização não é o espaço geográfico; depois salienta sobre as configurações do território e do espaço, assim como, de suas mudanças (metamorfoses); finalizando, com as considerações da Geografia Física e, sobretudo, da Geografia Humana, isto é, do natural ao artificial, pois o homem é o principal modelador do espaço geográfico, isto é, do espaço habitado e, por conseguinte, mudado com os novos significados e funções, pois ambos são dinâmicos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. Paulo: Hucitec, 1988.