Sobre a Teologia da prosperidade

Posso começar dizendo uma coisa: “a tal teologia da prosperidade é apaixonante!” Sua proposta é, a princípio, maravilhosa. Nos coloca em uma posição onde tenta nos elevar a um grau sobre-humano, como se evoluíssemos a partir do momento que usamos a fé ou passamos a viver em Cristo.

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Aspectos Positivos e Lições Valiosas

No livro do Dr. Paulo Romeiro, ele declara que a Teologia da Prosperidade em certos pontos passa lições valiosas, como: ensinar-nos a crer que nossas orações são ouvidas e surtem muito efeito. Eu concordo! Ler os livros do pastor Haggin é maravilhoso! Eu me sentia renovado, com o ar de Super-homem.

Pena que, na prática, não funciona e, biblicamente, é totalmente herético. Este ensino é tão distorcido que, ao ensinar o uso da fé para materializar e fazer com que a ação de Deus se manifeste, acaba se transformando em outro conceito diabólico: o TRIUNFALISMO.

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O triunfalismo é um estilo de cristianismo medieval, misturado com uma mística espiritual e uma mistura de absurdos, que mais contrariam a fé do que a fortalecem, deixando o discípulo do Senhor alienado. O uso da palavra de fé, que é a confissão positiva — um fundamento desta doutrina — passou a ser ensinado com outro termo: a determinação.

Cura e Libertação: Um Show de Exageros

Daí para frente, a doutrina se distorce ainda mais, dando espaço a igrejas que enfatizam a cura e a libertação em um show de exorcismos coletivos e curas mirabolantes, cheias de testemunhos ordinários. (Isto não é pela cura em si, mas pelas atribuições dadas a ela. Um exemplo é a propaganda altamente ofensiva das igrejas ou das campanhas decorrentes.)

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Adiante, o negócio abre espaço a megalomaníacos e ao uso distorcido das contribuições de fiéis despreparados e desorientados. O pior de tudo é a destruição da graça de Deus, que passa a ser barganhada de maneira estúpida, desde cultos de campanhas até leilões descarados nas igrejas triunfalistas.

Eu, na verdade, nunca vi comentários sobre esse tal triunfalismo, apenas em um estudo na escola dominical. Mas, englobando tudo, é farinha do mesmo saco: tudo termina em argumento de prosperidade. As denominações, sem perceber, já caíram nessa onda. As pregações são bombardeadas pela mesma ladainha dessas igrejas desorientadas, e a corrupção corre solta, dando a entender que esses são frutos de tal ensino.

A Briga pela Mídia e o Papel da Igreja Universal

Daí vem a briga descomunal pela mídia e o desvio de conduta do clero. Aqui no Brasil, a Igreja Universal inaugurou um novo tempo para o protestantismo (que deixou de protestar há muito tempo), sendo seguida por outras igrejas oriundas de suas doutrinas. O bispo Macedo, cada dia mais, à medida que envelhece, fica mais obcecado e megalomaníaco.

Enquanto isso, nascem ao seu redor igrejas como a Mundial do Poder de Deus, uma versão mais light da IURD (farinha do mesmo saco). Mas a parada mesmo é a briga pela mídia e as igrejas lotadas de pessoas sendo conduzidas à barganha com Deus.

Enquanto escrevo isto, lembro-me que esta Teologia da Prosperidade invadiu o continente africano, onde, em certos países, o número de igrejas desta laia infesta a cabeça do povo com enganos.

Conclusão: Da Graça de Deus à Desgraça do Homem

A Teologia da Prosperidade de Kenneth Haggin mudou, passou a ser o triunfalismo de Edir Macedo. E tudo acaba em excrementos de maldade, transformando a graça de Deus em desgraça para o homem.