Taquigrafia: Uma Revisão Linguística

TAQUIGRAFIA:  UMA REVISÃO LINGUÍSTICA

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Maria das Graças Ramalho Aragão[1]

Rosangela Maria Aragão Nascimento[2]

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RESUMO: Taquigrafia são símbolos, sinais ou abreviaturas usados para registrar  palavras ou frases, que torna a escrita mais rápida. A utilização de tal técnica  permite  que uma pessoa registre,  em tempo real,  e transcreva a posteriori  as falas de um discurso. Nessa dinâmica e fascinante atividade prevalece o  mérito dos taquígrafos, sendo avaliados em diversos campos do conhecimento, principalmente quando à capacidade técnica necessária para o desempenho individual,  cujo resultado final é fundamentalmente dependente da equipe como um todo.

PALAVRAS CHAVES: Taquigrafia, Escrita, Discurso.

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ABSTRACT: Shorthand are symbols, signs and abbreviations used to record words or phrases, which makes typing faster. Using this technique allows a person to record in real time, and subsequently transcribe the speech of a speech. In this dynamic and fascinating activity prevails the merits of stenographers, were evaluated in various fields, especially when the necessary expertise to individual performance, the outcome of which is fundamentally dependent on the team as a whole.

KEYWORDS: Shorthand, Writing, Speech.

1 – INTRUDUÇÃO.

A Taquigrafia Parlamentar foi instituída no Brasil em 3 de maio, de 1823, por José Bonifácio de Andrade e Silva.  A data alude à instalação da Assembleia Nacional Constituinte, quando, pela primeira vez, Taquígrafos Parlamentares exerceram a profissão. Isidoro da Costa Oliveira Júnior ministrou o primeiro curso de taquigrafia.

A taquigrafia  é utilizada profissionalmente  no parlamento  e judiciário. A palavra é de origem Grega, vem de Takus – escrita curta e graphein – Grafia. O objetivo desse método fascinante de escrita é registrar para a posterioridade a história dos debates políticos e das decisões judiciárias nos tribunais estaduais e federais.

A taquigrafia também pode ser utilizada  para  anotações  de aulas, debates, conferências etc. Sendo, portanto,  também  um importante mecanismo de registro cultural em geral.

2 – A TAQUIGRAFIA:

2.1 – Como funciona sua escrita.

É exigido do taquígrafo habilidade técnica e bom nível de conhecimentos gerais para registrar com rapidez os diversos pronunciamentos. O taquígrafo profissional  tem que ter,  no momento exato de transcrever o pronunciamento, a devida  fidelidade  às idéias do orador, obedecendo as normas gramaticais e regimentais na  digitação  final do texto, que acaba  transformando-se em registro histórico.

Há grande diversidade na linguagem, no grau de cultura dos oradores e na gama de assuntos tratados. O taquigrafo terá necessidade de adaptar-se a esse contexto e manter-se atualizado quanto aos temas políticos, econômicos, sociais nacionais e internacionais. Ao taquígrafo jurídico é exigido conhecimentos pertinentes à legislação estadual e federal.

Figura 1

2.2 – ESTRUTURA.

O registro taquigráfico é feito manualmente e obedece a um revezamento de cinco minutos para cada profissional. Logo em seguida são uniformizadas as transcrições das notas taquigráficas dos discursos proferidos. Nesta oportunidade, contamos com vinte computadores com  acesso a internet, lápis, blocos, gravadores e headphone.

Os taquígrafos concluem as “partes” (tempo por intermédio do qual registrou uma etapa do discurso – geralmente 05 minutos);  em seguida transfere para o revisor que analise eventuais dúvidas, utilizando-se  dos padrões ortográficos e  gramaticais correspondentes aos pronunciamentos de cada orador,  e dá homogeneidade e sentido lógico, formal.

O apanhado taquigráfico, revisado e assinado pelo revisor e remetido à diretora,  que dará a  formatação  final, disponibilizando o mesmo  às eventuais  solicitações dos respectivos oradores, da imprensa e interessados em geral. Na Assembléia Legislativa, a entrega das notas taquigráficas aos solicitantes que não sejam parlamentares, só será procedida mediante autorização expressa do Presidente da Casa, do Secretário Legislativo ou, em determinados casos, da própria diretora

Os pronunciamentos devidamente  revisados  são enviados  ao setor de anais para seu arquivamento  e disponibilidade  ao acesso  aos parlamentares, historiadores e ao público em geral, obedecendo-se  às normas administrativas  anteriormente descritas.

Plenário: Assim começa!

Figura 2

Invocando a proteção de Deus e em nome do povo paraibano declaro aberta a

presente Sessão Ordinária...

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Nosso trabalho tem, portanto, a importância de disponibilizar à sociedade as notas taquigráficas (versão digitada ou em áudio) dos pronunciamentos proferidos em Plenário ou eventos culturais promovidos pela Assembléia Legislativa como  seminários, conferências e afins. Nossa finalidade é, portanto, a da  preservação  da  memória histórica  do parlamento.

Por tudo que foi dito, nossa profissão requer dos seus artífices uma grande dedicação, concentração e eficiência.

4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

TAQUIGRAFIA, história da, 2006.

ARAGÃO, Maria da Graças Ramalho, 2006, Diretora da Divisão de Tradução e Revisão Taquigráfica – Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba.

XAVIER, Paulo – Diretor da Taquibrás – Brasília-DF. www.taquibras.com.br

MAIA, Jório Eduardo Freitas, Professor de Taquigrafia,

www.taquigrafia1.blogspot.com

dtrt.alpb@hotmail.com

taquigrafia.alpb@gmail.com


[1] Maria das Graças Ramalho Aragão graca.ramalho@gmail.com. Graduada Licenciatura Plena em Português pela Universidade Estadual Vale do Acaraú –Uva e pela Universidade Aberta Vida – Unavida. E Acadêmica do Curso de Especialização em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa pela Unavida – Uva.

[2] Rosangela Maria Aragão Nascimento