UMA ANÁLISE DO SÍTIO E SITUAÇÃO DA RUA MACIEL DE CIMA NO BAIRRO DO PELOURINHO - SSA - BA

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Observo que, na Rua Maciel de Cima do bairro do Pelourinho, Salvador Bahia, são as variadas formas (e manifestações) das atividades comerciais, de restaurantes, de associações (serviços sociais), de ONGs etc., e, paulatinamente, os seus modelos de produção “conservador”, de circulação, de distribuição e consumo que, são os verdadeiros agentes de manutenção e, sobretudo, metamorfoses urbanas estratégicas, materializados nesse respectivo espaço geográfico, pois, ao longo de sua saga de usos e funções das propriedades e patrimônios de seu sítio, temos situações socioespaciais diferentes, isto é, manifestações humanas, ou mesmo, atividades humanas diversificadas, porém conectadas pelos seus respectivos circuitos espaciais de circulação, a saber, o poder em consenso, no entanto maquiado, e, influenciador que liga paradigmas comerciais, consumista e serviços (para satisfação das necessidades humanas) em formas de sistema (ou mesmo como uma teia), porque as metamorfoses do espaço habitado da Rua Maciel de Cima se encontram em dinâmica conectadas, não sendo fatores que surgiram como resultados de mecanismo isolados, assim como, não se explicam numa visão vertical e limitada, mas sim, numa ótica de análise empírica e epistemológica horizontal e holística que, valoriza os conteúdos e, concomitantemente, a importância da Geografia Urbana. Pois, este trabalho aplicado a Geografia Urbana busca analisar a produção do espaço nesta rua e, sobretudo, considerar que as mudanças do espaço habitado na Rua Maciel de Cima estão sempre relacionadas a uma lógica impositora de poderes superiores, porque estão dentro dos circuitos espaciais de circulação de seu espaço periodizado e, por conseguinte, conectados as intencionalidades de usos e funções da localização pertencente a outro contexto socioespacial, ou de igual modo, a outra lógica sociocomercial de exploração e rentabilidade disfarçada, ou não. Buscando entender racionalmente, suas dinâmicas na escala da rua, na perspectiva da escala de análise das pessoas cotidianas da Rua Maciel de Cima e, intrinsecamente, sua multiescalaridade dirigida pelas atividades turísticas e, por conseguinte, comerciais (de mercantilização), pois, assim, o objeto central do trabalho é a Rua Maciel de Cima, uma rua histórica e significativa para os soteropolitanos, do mesmo modo, uma rua idealizada pelos turistas estrangeiros e, também, por alguns baianos ignorantes, ou mesmo, por brasileiros não esclarecidos com as tendências e realidades dirigidas pelas atividades e técnicas publicitárias da racionalidade econômica (do capitalismo que, tende a concentrar tudo e todos). Nesse caso, sendo também, uma rua idealizada ao imaginário popular, porém que, apresenta mudanças e constâncias estruturais e, contudo, diversas contradições. Porque, através dos estudos da realidade e totalidade do uso humano da rua atual, assim como, a partir das percepções baseadas neste espaço (que leva em conta o sítio e situação da rua não imune e não imutável eternamente) do modo de produção e, por conseguinte, dos diagnósticos relativos às engrenagens da sociedade num espaço vivido dos indivíduos da mesma, temos através de suas experiências concretizadas nas formas espaciais da rua sua importância para a Geografia Urbana. Nesse sentido, buscou-se pesquisar o papel das mobilidades intrapessoais e, também, interpessoais, porque se observa, nesse estudo, o papel da cultura, do turismo, do comércio, das residências refuncionalizadas (assim como, algumas requalificadas e revitalizadas), das funções da posse e propriedades da terra e, intrinsecamente, seus usos, funções e suas refuncionalizações, pois estas são as análises que afirmam às constantes mudanças do espaço habitado direta e indiretamente, mesmo que não visualizadas e entendidas com facilidades. Pois, enfim, buscou analisar a mixagem (e as superposições espaciais) da vida social da rua, a partir das aculturações (fusões de culturas) propagadas pelas condições de mundialização, a saber, a globalização, das indústrias e das tecnologias que, interagem com as heterogêneas culturas existente no lugar, explicitando as constâncias e inconstâncias metamorfoses do espaço habitado da Rua Maciel de Cima, daí revelando os circuitos espaciais de produção da racionalidade econômica que mediam complexas e “sigilosas” análises do sítio e situação desta rua no bairro do Pelourinho, isto é, Centro Histórico de Salvador que, em suma, são compreendidos pela vida urbana coletiva e intencional, deste (e neste) espaço geográfico habitado.

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Os estudos sobre as mudanças na Rua Maciel de Cima no Bairro do Pelourinho da cidade de Salvador Bahia, e suas realidades na análise de seu sítio e situação, são entendidos pelas marginalizações urbanas, pois, o cotidiano da mesma, além de serem dirigidas como área de patrimônio cultural que sofreu uma refuncionalização pelo capitalismo e, portanto, pelos circuitos espaciais de produção ao longo de sua história, significa, do mesmo tempo, lugar de mindingância, roubo, pois em determinados períodos do dia, observa uma concentração de “desgraças”.

Nesse caso, este trabalho tem por finalidade analisar o comportamento espacial da Rua Maciel de Cima da cidade de Salvador - Bahia, assim como, suas mudanças e metamorfoses estruturais e esculturais dirigidas pelo o espaço habitado, porque são propagados pela valorização espacial como acúmulo do trabalho e, por conseguinte, pelas formas e suas respectivas funções / conteúdos que poderão atrapalhar os fluxos comerciais da sociedade advindos pelas atividades humanas, cujo são os principais modeladores da paisagem geográfica e, intrinsecamente, do espaço geográfico.

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Para a realização do mesmo foram feitas (aplicados) análises categóricos da Geografia em alguns pontos de referências estratégico e culturais da Rua Maciel de Cima, para então, melhor compreender a importância da Geografia Urbana que, se materializa nas transformações socioespaciais de Salvador, por exemplo, e, em qualquer lugar habitado e influenciado pela ação antrópica, pois as metamorfoses do espaço habitado e, e os cotidianos personificados e plurais produzem subsídios para explicar as construções, desconstruções e reconstruções urbanas na Rua Maciel de Cima (por exemplo) que se interagem e multiplicam-se pelas constantes mudanças nos usos e funções espaciais e, sobretudo, pelas formas e conteúdos em relação ao jogo de funções que alteram as formas geográficas como, entre outros, a refuncionalização, a rugosidade, a requalificação, a revitalização (que normalmente é exercido pelo o poder do Estado que, é considerada como o mediador das intencionalidades das grandes empresas internacionais para as populações, população esta pobre / pauperme, isto é, massa de manobras).

Nesse sentido, a lógica do mercado se reproduz na Rua Maciel de Cima, pois qualquer construção, ou mesmo, mudança espaciais vem pela apropriação das pessoas no espaço geográfico e, paulatinamente, pelas suas contingências, isto é, necessidades humanas situadas de dia, de tarde e, sobretudo, de noite influenciado pela diversidade do consumismo no Modo de Produção Capitalista que, contudo, são atributos que elevam as mudanças socioespacias cuja sua compreensão se dá (entre outros) pelo método de análise do materialismo histórico e dialético utilizado pela Geografia e, portanto, por algumas ramificações da Geografia Urbana. Pois através da mesma salientam-se neste trabalho as normas urbanas da Rua Maciel de Cima e, por conseguinte, seu entorno, pois sua explicação se dar pela a tradução das somas de fatores da mesma e, também, da cidade de Salvador, assim como, suas ordens políticas, legislações e, sobretudo, a presença do poder público como agente de modelagem e transformação do espaço geográfico da Rua Maciel de Cima, pois observa a vulnerabilidade da Rua Maciel de Cima na cidade de Salvador em relação às grandes intencionalidades mercenárias de empresas transnacionais e, sobretudo, às apropriações humanas no espaço e, por conseguinte, às reapropriações que inviabilizam o meio ecológico e, também, a limpeza pública, que a propósito, existe censura de lugares (isto é, existem censuras de espaços vividos) no Centro Histórico de Salvador, pois ao longo da saída de campo sobre o Centro Histórico de Salvador, observam que os investimentos públicos para sua limpeza (ruas, patrimônios públicos, áreas de lazer como, praças, largos etc.) estão concentrados nos lugares menos afamados com violência, roubos, prostituição, prática de “sacizeiros”, viciados em drogas que usam fitinhas do Bonfim como armadilha, assim como, ações de bandidos, porque infelizmente no Centro Histórico de Salvador e, ademais, na Rua Maciel de Cima é considerado um lugar cada vez mais perigoso, pois muitos lugares marginais do Centro Histórico de Salvador e, inclusive, a Rua Maciel de Cima estão dentro do contexto de cenários de muitos assaltos (e outras, atividades ilícitas que mudam suas articulações como espaço vivido de acordo com a hora do dia).

No entanto, no Centro Histórico de Salvador e, em uma menor escala, na Rua Maciel de Cima existe certa centralização (privilégios) em diferentes áreas espaciais da rua, por exemplo. Que, retificam a importância das considerações geográficas de natureza (isto é, de abordagem) urbana para explicar que na Rua Maciel de Cima têm diversos significados, porém conectados com as dinâmicas socioespaciais que, são muito diferentes em cada pontos contemplados na saída de campo e, sobretudo, em cada ponto do espaço da Rua Maciel de Cima.

Dando enfim, ênfases as revitalizações em áreas contíguas e, as relações de custo e benefício, pois existem diferentes custos de vida no espaço da mesma rua e, contudo, almeja se avaliar suas rentabilidades e, intrinsecamente, os chamados entulhos da paisagem geográfica cultural nesta rua.

Assim, o recorte espacial, contempla também, as ramificações socioespaciais do espaço habitado, isto é, suas mudanças categóricas para a Geografia Urbana, expressado em cada canto da rua, restaurante, associação etc., levados em considerações pelos turistas e seus habitantes, ou não. Pois, todos estão incorporados, também, com as respostas ambientais e socioespaciais dos seus respectivos espaço geográfico, sendo então, sem sombra de dúvidas, as abordagens empíricas e epistemológicas sobre a Rua Maciel de Cima, nesse sentido, vindo como, mais uma contribuição reducionista, porém esclarecida e esclarecedora com as realidades e tendências com a mesma e, principalmente, segundo Henrique (2009), com os fatores que influenciam seus processos de “congelamentos”, “conservas”, “prevenção”, “recuperação”, “refuncionalização”, assim com, com as “requalificações”, as “petrificações” e “museificações”, pois suas formas não são autônomas, visto que as existências das formas estabelecidas na Rua Maciel Cima são dadas pelos seus conteúdos, durante sua atividade de vida como objeto de “metamorfoses do espaço habitado”.

Observo então, mais minuciosamente a gênese da Rua Maciel de Cima e, por conseguinte, seus fatores espaciais (dirigida pelo indivíduo e, intrinsecamente, pela sociedade) que a moderam, pois esse trabalho leva em conta, os meios de produção espaciais e, portanto, seus limites internos e externos dentro da rua, ou seja, os objetos em seu redor que comprometem de alguma forma às dinâmicas naturais e, sobretudo, espaciais da Rua Maciel de Cima, pois, nesse caso, comento seus percursos num espaço heterogêneo, porém ligado num sistema de circuitos espaciais de produção que, revelam o comportamento social da rua e, concomitantemente, sua função social e valor cultural de transformação em patrimônio oficial, pois institui regime jurídico especial de propriedade, porque esta rua (Rua Maciel de Cima) e, portanto, o Centro Histórico de Salvador foi tombado pelo patrimônio da humanidade da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

A história da Rua Maciel de Cima, localizado no sítio do Pelourinho na cidade de Salvador – Bahia (primeira capital do Brasil), se dar pelos colonizadores portugueses, pois durante a época da escravidão essa rua era um dos lugares de castigar “criminosos” no Pelourinho e, por conseguinte, pela sua importância comercial no capitalismo comercial que, modelou o espaço geográfico desta rua de arquitetura colonial (Rua que faz parte do Pelourinho, um dos principais símbolos da cidade). Nesse sentido, as dinâmicas lideradas pela mesma e, intrinsecamente, pelo capitalismo industrial e financeiro respectivamente, trouxeram e, portanto, influenciaram as diferentes apropriações humanas da mesma, assim como, os conflitos socioespaciais no espaço habitado, sua cultura e identidade.

Isso se refere, ao salientarmos a construção de “solares” (perto da rua) e sobrados no local (especialmente no século XVII), marcado pela época dos grandes aristocratas e, proprietários rurais que, revelam seu poder em consenso nesta rua, isto é, na forma (na arquitetura) das residências da Rua Maciel de Cima.

No entanto, no século XVIII diversos profissionais liberais começaram a residir a rua, neste caso, esta rua já foi muito caracterizada pela prostituição, venda de drogas e violência, porém estão conquistando território espacial na gastronomia e, nas associações sérias e comprometidas, sendo revalorizada, também, pelo artesanato, arquitetura barroca, centros culturais e, sobretudo, pelos sabores da riqueza da culinária baiana e, outras manifestações de valorização socioculturais.

Portanto, a história e contextualização da cidade de Salvador – Bahia se dar também, pela reprodução da lógica do Modo de Produção Capitalista que modela e, sobretudo, transforma a cidade, porque tem como principais fatores (conteúdos) formadores de fixação na Rua Maciel de Cima, sua importância comercial que, são explicados pela periodização de seu processo de produção como: no período do Pau-Brasil; no período da cana-de-açúcar etc. Sabendo que, o ciclo do ouro, a pecuária, o ciclo do café, o ciclo da borracha, o ciclo da indústria e o ciclo da soja, por exemplo, influenciaram mais indiretamente as apropriações urbanas desta rua, porque a Rua Maciel de Cima integra atualmente, um marco de acúmulos de processos urbanos, nas produções do espaço urbano interno desta rua que, transformam o espaço geográfico.

Então, na busca racional da realidade da rua, assim como, de sua totalidade que, está contida em melhor compreender as “engrenagens” envolvidas nesta dinâmica urbana patrimonial, temos que levar em consideração, ou mesmo, pontuar, a importância do mercado imobiliária do período colonial e, por conseguinte, do período medieval. Porque, entretanto, temos que, na realidade a Rua Maciel de Cima e, sobretudo, o Centro Histórico de Salvador é o centro da cultura afro-brasileira.

Então, Maciel de Cima é uma rua plural, ou mesmo, pluricultural, isto é, de heterogeneidades e diversidades que tendem a se multiplicar mais com as mesclagem de culturas (aculturação) advinda pelas condições de mundialização da globalização e, por conseguinte, se limitar mais em termos de integração sociais (na prática), pois com a racionalidade econômica aumentam se as segregações e as divisões de classes socioeconômicas.

Contudo, a rua se mostra a “mecer” do consumismo dirigida pela mundialização da tecnologia e da indústria que vem como imposições das grandes empresas internacionais, pois toda construção urbana da cidade serve para preparar a cidade para o capitalismo, nesse sentido, isso se aplica também a Rua Maciel de Cima, porque ela não está imune as inconstâncias formas dirigidas pela racionalidade econômica.

Como consideração final, deste trabalho de Geografia Urbana, salienta sobre a importância de fazer uma síntese aplicada a geografia urbana, pois ela contempla as chamadas categorias geográficas (vista no livro de Milton Santos “Metamorfoses do espaço habitado”) numa perspectiva de análise espacial.

Então, a síntese visando às categorias espaciais numa análise espacial da Geografia Urbana na Rua Maciel de Cima, se encontra pela a importância da Geografia, pois, a mesma permite ao homem compreender melhor o planeta em que vive. Sabendo que, para isso, esta ciência dispõe de diversos recursos matemáticos e tecnológicos (Milton Santos). Pois a, estatística, por exemplo, é muito usada na área da pesquisa populacional. Os satélites são fundamentais na elaboração de mapas, além de fornecerem dados importantes para a verificação de mudança na vegetação do planeta (por exemplo) e, sobretudo, servem para diagnosticar as metamorfoses do espaço habitado.

Portanto, as principais categorias usadas neste trabalho sobre os circuitos espaciais de produção, numa busca pela análise do sítio e situação da Rua Maciel de cima localizado no bairro do Pelourinho, com base no livro “Metamorfoses do espaço habitado” foi, a categoria do espaço geográfico e suas ramificações urbanas, porque o espaço é o objeto de supremo interesse da Geografia; assim como, a categoria paisagem, pois a paisagem é um sistema complexo e dinâmico, onde diferentes fatores naturais e culturais interagem e evoluem em conjunto.

Temos ainda, a categoria território, que estão relacionados às áreas delimitadas, de influências econômicas, comerciais e, sobretudo, populacionais, numa cidade, por exemplo. Que, é influenciado pelo o poder público, isto é, o Estado (que também, é considerado como uma categoria da Geografia, pois é a instituição organizada politicamente, socialmente e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente (Hasbaert, 2004).

Enfim, este trabalho final visor analisar o sítio e situação da Rua Maciel de Cima no bairro do Pelourinho e, sobretudo, suas constantes mudanças espaciais dirigidas pelas influências dos circuitos espaciais de produção, no que se refere aos usos e funções espaciais conectados e integrados (em forma de redes e, sistema), a partir da saída de campo da disciplina Geografia Urbana, do Curso de Graduação em Geografia da Universidade Federal da Bahia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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HENRIQUE, Wendel. A instalação da UFRB, a ação do Programa Monumenta e o turismo étnico na reestruturação urbana e no cotidiano de Cachoeira-BA: Notas preliminares de pesquisa.. Geotextos (Salvador), v. 05, p. 89-112, 2009.

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