A Importância Da Afetividade Na Aprendizagem

UNAVIDA – Universidade Aberta Vida

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DA

LÍNGUA PORTUGUESA

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Francisca de Fatima Fernandes

Soraya Maria Pernambuco Dantas

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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM

Artigo apresentado à disciplina Linguística Textual, ministrado pelo professor (Ms. Talita Crhystina Nóbrega da Silva) do curso de Pós Graduação em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa do Centro de Educação da Universidade UNAVIDA – Universidade Aberta Vida como requisito parcial de avaliação.

João Pessoa / PB

Fevereiro/ 2011

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM

Francisca de Fatima Fernandes¹

Soraya Maria Pernambuco Dantas²

RESUMO

O presente trabalho intitulado “A importância da afetividade na aprendizagem” trata de uma pesquisa bibliográfica e tem como proposta principal investigar a afetividade, o afeto e sua importância na relação professor – aluno, que está diretamente ligada em um bom ou não desenvolvimento escolar. Este tema me chama atenção uma vez que, é perceptível que o desamor e a violência, adentram nossas salas de aulas, tornando cada vez mais árdua a tarefa de educar com amor. Através de um estudo bibliográfico, nos pautaremos nos ideais de teóricos que discorre sobre afetividade. Através do exposto, nos foi relevado que o afeto é de fundamental importância para o processo de ensino-aprendizagem, para que possa ser desenvolvida uma prática pedagógica eficiente.

Palavras-chave: Afetividade. Aprendizagem. Educar.

ABSTRACT

The gift I work entitled “A importance from care on apprenticeship treated from a research bibliographic & tem I eat proposal principal explore the effectiveness , the affection & she sweats importance on relation professor – disciple , what is directly connected with a good or not development scholastic. This theme me she calls attention since it is, perceptive what the without in love and the violence, inwardly our rooms of classes, she becomes more and more arduous the job of bring up with love. This study bibliographic, on the talk about on the ideals of theoreticians what consider on the subject of care. Via the exposed, on was relevant what the affection is of fundamental importance about to the suit of I school - apprenticeship, so you can be developed a practice pedagogic all-around.

Words key: Care. Apprenticeship. Bring up.

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1 Francisca de Fatima Fernandes. xiquinha_fer@hotmail.com. Graduada licenciatura Plena em Português pela Universaidade Estadual Vale do Acaraú – Uva e pela Universidade Aberta Vida – Unavida. E academica do Curso de Especialização em Metodologia do Ensino de Lingua Portuguesa pela Unavida – Uva.

² Soraya Maria Pernambuco Dantas. sorypb2008@hotmail.com. Graduada licenciatura Plena em Português pela Universaidade Estadual Vale do Acaraú – Uva e pela Universidade Aberta Vida – Unavida. E academica do Curso de Especialização em Metodologia do Ensino de Lingua Portuguesa pela Unavida – Uva.

1- INTRODUÇÃO

Atualmente, é comum assistirmos cenas de crianças violentas, maus tratos aos pais ou responsáveis, mau comportamento e baixo rendimento nas escolas. Estas cenas são registradas por nós tanto pelos meios de comunicação, quanto por relatos de pessoas mais próximas, ou até mesmo conseguimos presenciar facilmente esta situação. Isso tudo está ligado aos sentimentos e as emoções, que estão afloradas cada dia de forma negativa, percebendo que a raiva, a tristeza, o desamor está ganhando espaço em nossa sociedade. Ao chegarmos às escolas, e nos depararmos com este certo tipo de situação, muitas vezes é até mesmo frustrante, porém temos que analisar o contexto que cada criança vivencia, tanto escolar quanto familiar.

É necessário que esse tema seja abordado em textos, artigos, livros, trabalhos acadêmicos, pois o mesmo é preocupante entre educadores, professores e pensadores, pois se trata de algo que vem inquietando muitos educadores e profissionais que estão inseridos na educação, e buscam entendê-lo e descobrir até que ponto as relações afetivas podem contribuir na aprendizagem. Assim também me despertou esta preocupação, como futura educadoras, pois acreditamos ser imprescindível nos colocar mos entre esses estudiosos nessa inquietude.

Quando um professor não demonstra afeto em sua relação com os alunos, os exclui, não se sensibiliza e não se preocupa em buscar uma solução para aqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem cognitivas, tais como, leitura e escrita, o aluno consequentemente apresentará uma falta de  motivação durante o processo de ensino e de aprendizagem.  É de fundamental importância que o professor, possa mediar sua aula de maneira construtiva, participativa, afetiva, e evidenciar a educação pautada na valorização da experiência e na realidade do aluno proporcionando ao mesmo, oportunidades de construçã na realidade do aluno proporcionando ao mesmo oportunidades de construçde ou npadosivros, trabalhos academicos o dos seus conhecimentos.

Para embasar teoricamente nossos estudos, nos pautaremos nos ideais de teóricos como, Wallon, Almeida, Bossa, Piaget e Vygotsky, entre outros, que discorre sobre afetividade.

A afetividade é um estado psicológico do ser humano que pode ou não ser modificado a partir das situações. Segundo Piaget, tal estado psicológico é de grande influência no comportamento e no aprendizado das pessoas juntamente com o desenvolvimento cognitivo. Diretamente ligada à emoção, a afetividade consegue determinar o modo com que as pessoas visualizam o mundo e também a forma com que se manifesta dentro dele, a afetividade é uma sensação de extrema importância para a saúde mental de todos os seres humanos por influenciar o desenvolvimento geral, o comportamento e o desenvolvimento cognitivo, daí a importância da afetividade em sala de aula. Cada criança tem características próprias tem aquelas mais tímidas (que demoram a interagir com o grupo), essas precisam de estímulos para garantir a interação. Outras são bem agitadas e interagem com mais facilidade.

O professor tem que conhecer a sua turma para saber lidar com todos os tipos de situações, porque o educando necessita na maioria das vezes da intervenção do professor para que ele se sinta seguro para se relacionar com o grupo e assim garantir uma troca de saberes.

Além da família, a escola também tem um papel de grande importância, pois é nela que a criança passa grande parte do seu tempo, e também se espelha nas referências humanas (professor, diretor, coordenador, etc.) existentes na mesma, o professor, por exemplo, é uma figura muito forte na vida de uma criança, que deve tratá-la com respeito e carinho sabendo que sua postura a influenciará, enquanto indivíduo. Assim, neste ambiente é necessário, que as relações interpessoais aconteçam de maneira positiva, em um espaço de respeito, amizade e amor, iniciando com uma ação de afeto que se deve dedicar ao outro.

2- AFETO E ESCOLA

O afeto é um sentimento que também deve estar presente nas relações escolares, favorecendo a um melhor relacionamento professor-aluno, pois estes vínculos de afeto fazem parte do desenvolvimento do ser humano. Acreditamos que para um bom empenho intelectual e cognitivo é necessário a presença de aspectos afetivos.

A educação está diretamente ligada com os sentimentos e a cognição, principalmente nos tempos atuais onde a violência muitas vezes tomam conta dos lares tanto dos professores quanto dos alunos, porém as escolas geralmente preocupam-se  principalmente com o conhecimento intelectual cognitiva (letramento e números), deixando a parte a autoconfiança e a auto-estima de lado. Constatamos que existem dois aspectos de extrema importância para facilitar na construção do conhecimento, são eles, o equilíbrio emocional e a convivência em sociedade e em grupo. Para que o aluno tenha êxito na escola, e na sua vida social, é preciso que o mesmo disponha de autoconfiança e auto-estima, e como já citamos a escola não da pleno  valor a isto, acreditando e apostando apenas em métodos inovadores, recursos físicos e entre outros voltados apenas para o letramento, esquecendo de vez das relações afetivas dos envolvidos na instituição abordada neste estudo.  A escola deve proporcionar ao aluno um trabalho psicológico focado no processo comportamental, em que os alunos passariam a se conhecerem melhor, e com isso aprenderiam mais sobre si mesmos, concordamos que o campo afetivo é muito importante, entretanto, pouco explorado.

As escolas permanecem baseando-se na educação do controle do que no afeto, no autoritarismo do que na colaboração. Nossas escolas, o governo, os negócios estão permeados pela visão de que nem o indivíduo nem o grupo são dignos de confiança. Devendo existir entre eles poder, poder para controlar. É por este motivo que não se valoriza a autoconfiança e a auto-estima que se constrói através de relacionamentos afetivos evidenciando a dicotomia entre cognição e afeto.

Piaget em sua teoria afirma que a inteligência e a afetividade são diferentes em natureza, mas indispensáveis na conduta concreta da criança, o que significa que não há conduta unicamente afetiva, bem como não existe conduta unicamente cognitiva; a afetividade interfere constantemente no funcionamento da inteligência, estimulando-o ou pertubando-o, acelerando-o ou retardando-o. A afetividade não modifica as estruturas da inteligência, sendo somente o elemento energético das condutas.

3- O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Inicialmente as aprendizagens que as crianças têm contato ocorrem na família, com os pais, como por exemplo, as primeiras palavras, gestos, entre outros. Assim, a criança desenvolve um próprio estilo de aprender, que à medida que ela se relacionar com outros poderá sofrer mudanças. As primeiras aprendizagens das crianças ocorrem na primeira relação com a mãe (primeiras palavras, gestos...). Nesta relação à criança constrói seu estilo particular de aprendizagem, que sofrerá modificações à medida que a criança se relaciona com outros contextos. Segundo Almeida (1999, p. 48): Cada estágio da afetividade, quer dizer as emoções, o sentimento e a paixão, pressupõem o desenvolvimento de certas capacidades, em que se revelam um estado de maturação. Portanto, quanto mais habilidade se adquire no campo da racionalidade, maior é o desenvolvimento da afetividade.

Assim, podemos notificar que as primeiras aprendizagens de um indivíduo se dá no contexto familiar, em seguida no social e na escola, observando que quando a criança inicia sua vida escolar, muitas vezes apresentam certas dificuldades, comportamento este que se dá pelo fato da insegurança, medo de ser rejeitada ou mesmo não ser amada como na sua família. Desta maneira, algumas crianças sofrem neste primeiro momento de adaptação e dependendo da postura do professor, este que pode ser compreensivo ou não, influenciará diretamente na aprendizagem das matérias estudadas.

Inúmeros são os fatores que podem intervir negativamente na vida escolar: a falta de disciplina do aluno que não concluem, por exemplo, as tarefas de casa; a cobrança exagerada dos pais com ameaças; a falta de limite, e entre outros que acabam contribuindo com a não fixação do que foi estudado. Outro fato importante que preciso frisar é a questão da violência familiar, em que a criança presencia brigas, discussões, cenas de violência contra a mãe, pai, irmão ou qualquer parente mais próximo, esta situação também acarreta um grande prejuízo na aprendizagem de uma criança.  De Segundo Almeida (1999: 91), “[...] é preciso que o professor esteja muito atento aos movimentos das crianças, pois estes podem ser indicadores de estados emocionais que devem ser levados em conta no contexto de sala de aula.”

Para Bossa (2000, p. 18): “Sabemos que o sentidos das aprendizagens é único e particular na vida de cada um, e que inúmeros são os fatores afetivos emocionais que podem impedir o investimento energético necessário às aquisições escolares.”

Mas existem dois fatores principais que interferem na aprendizagem, que influenciam no processo: os fatores internos de ordem orgânico ou psicológico e os fatores externos relacionados à metodologia de ensino, às condições sócio-econômicas e ainda aos recursos do educador. A dificuldade de aprendizagem é consequência de certas oposições diretamente ligadas à metodologia pedagógica, ao sistema de ensino e, ainda, a relação afetiva que o individuo institui com a escola, professores, pais e sociedade. É imprescindível ressaltar concordância com o pensamento de Wallon . (1996, p.104):

No cotidiano escolar são comuns as situações de conflito envolvendo professores e alunos: turbulência e agitação motora, dispersão, crises emocionais, desentendimentos entre alunos e destes com o professor; irritação, raiva, desespero e  medo.

Diante o exposto, é perceptível que o afeto acelera, quando o aluno apresenta um bom vínculo com a escola, ou retarda quando o afeto é obstáculo para o aluno causando danos ao desenvolvimento intelectual do mesmo.

Na escola a criança começa a desenvolver suas relações, porém monitoras por diversos profissionais, assim é preciso que seja feitas intervenções quando algo não está bem, é papel da escola ajudar estas crianças a relacionar-se bem, contribuindo com um bom convívio na sociedade. Algumas vezes faz-se necessário contar com a ajuda de alguns profissionais especializados para um melhor trabalho, o psicólogo ou psicopedagogo.

Para sanar problemas mais graves, conta-se com a intervenção de dois profissionais: O psicopedagogo institucional e psicopedagogo clínico. O primeiro exerce sua função avaliando o contexto dentro da escola, orientando e tanto os alunos e quando necessário os pais, atuando diretamente com os professores para melhorar as condições do processo ensino- aprendizagem, já o segundo (psicopedagogo clínico), é aquele que dispõe de uma clínica para tratar os alunos que também apresentam problemas escolares, porém poderá diagnosticar e identificar as causas dos problemas de aprendizagem e para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos),

Os psicopedagogos são profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.

4. METODOLOGIA

Este estudo caracterizou-se como pesquisa básica, pois visa o conhecimento não resultando em produto direto aplicado.

De acordo com Gil apud Silva (2001), a pesquisa básica: “objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais”.

Do ponto de vista da abordagem do problema pode ser considerada qualitativa, uma vez que buscamos entender e aprofundar-se de tal assunto específico, no caso a afetividade.

Com o propósito de apresentar de forma clara e objetiva esta pesquisa, utilizamos o caráter descritivo.

Em relação aos objetivos, desenvolvemos a técnica exploratória, desde que as mesmas favoreceram para um estudo bibliográfico nos proporcionando maior familiaridade com o tema abordado.

Em relação aos procedimentos metodológicos a Bibliográfica, é a principal do estudo, logo diz respeito ao recolhimento de informações a partir da leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos, etc. Esse material deve ser lido planejadamente e atentamente para resultar e um novo conhecimento do escritor para que assim possa desenvolver seu trabalho bem respaldado teoricamente.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a elaboração deste trabalho certificamos que a afetividade assume papel importantíssimo na vida escolar e social de uma criança ou adolescente.

A ligação entre a inteligência e afetividade, razão e emoção no desenvolvimento do aluno e no contexto da educação estão inteiramente ligadas ao desempenho escolar, uma vez que esse desenvolvimento se dá como um processo longo e contínuo e a afetividade deve-se fazer presente na escola e na família.

Quando detectamos na educação escolar e familiar de um individuo a ausência do afeto, torna-se extremamente difícil solucionar este problema que ira trazer prejuízos e muitas vezes não poderão ser corrigidos pela ação pedagógica resultando em grandes dificuldades de aprendizagem por parte do aluno.

Torna-se necessário, que pais e professores tomem consciência do importante papel que devem exercer verdadeiramente na área afetiva, para um bom desenvolvimento da criança, trabalhando as emoções de forma espontânea e prazerosa, pois o resultado do trabalho com essas emoções pode resultar em grandes aprendizagens significativas, seja ela em casa ou na escola.

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, A. R. S. emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999.

BOSSA, N. A. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá- las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

__________. Você é insubstituível. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

FERNANDEZ, A. A Inteligência Aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3 ed. Totalmente revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

MIRANDA, G. M. O processo de Socialização na escola: a evolução da condição social da criança. In: LANE, Silva. Social o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1994.

PIAGET. J. A Linguagem e o Pensamento da Criança. Trad. Manuel Campos. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.

SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.

TIBA, I. Quem ama educa. São Paulo: Gente, 2002.

VYGOTSKYP, L.S. Pensamento e linguagem.” São Paulo, Martins Fontes, 1987.

WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

_________, Psicologia e Educação da Infância. Editora Estampa. Lisboa, 1975.

__________,Origens do pensamento da criança. São Paulo. Editora Manoele, 1995.