COMO ENSINAR A LÍNGUA PORTUGUESA?


Tendo em vista a importância
fundamental da linguagem em sociedade especialmente no que se refere ao domínio
eficaz da leitura e da escrita, transformações profundas começam a acontecer,
ou pelo menos, foram propostas, no final do século passado em relação ao ensino
de língua materna no Brasil. No pensamento de Freire entendemos: “Ensinar exige
risco, aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo,
assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. O velho
que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no
tempo continua novo”. (FREIRE, 1995).

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Ensinar
uma língua requer uma busca constante do “novo” para as mudanças que ocorrem no
tempo, mas não devemos deixar de lado o que é velho, pois o velho são as
experiências já vividas e mostradas no seu todo, dando e servindo de uma base
sólida para saber administrar o novo.


No contexto educacional atual,
é necessário assumir o pressuposto de que a língua se realiza em uso nas
práticas sociais, nas quais os sujeitos agem. Desta forma, definem a finalidade
do ensino de língua materna, que é garantir a expansão das possibilidades de
uso e reflexão da linguagem em situações significativas de interlocução,
adquirir capacidade para outras situações de uso de fato às quatro habilidades:
falar, escutar, ler, e escrever, bem como tomar o texto como unidade básica de
trabalho, considerando a diversidade de textos que circulam socialmente.

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Hoje em dia em todos os aspectos,
pode-se dizer que é difícil para o educando ensinar gramática sem desassociá-la
a sua língua, pois para o aluno o ensino da gramática se tornou algo muito
abstrato de difícil entendimento, embora ele faça uso dela sem perceber.


É importante que o professor
valorize, primeiramente, a gramática que o aluno já possui, ou seja, a gramática
internalizada, para que o aluno possa associá-la, com a normativa, pois ambas
fazem parte de nossas vidas.

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O professor deve mostrar ao
aluno, que dependendo do meio social em que se encontra, usará outras variações
lingüísticas, ou seja, é preciso ter um pequeno entendimento da gramática
normativa para que ele possa se expressar com coesão e coerência.


A fala, assim como a escrita, é
meio de comunicação, interação e ambas possuem regras. Ao ensinarmos a
gramática dentro de suas variações, é necessário mostrar que ela, sobretudo,
terá que ser coerente dentro de suas construções frasais. O ensino da gramática precisa ser contextualizado
com a realidade do aluno, para que este interaja e tenha uma boa compreensão.
Percebendo, assim, que o uso desta faz parte do seu dia-a-dia.

Desta
forma, a gramática deixará de ser algo abstrato, de difícil entendimento e
passará a era mais significativa ao aluno, à sua realidade. Não só o aluno, mas
também, o professor aprende muito com esta realidade de sala de aula, já que a
escola é o lugar de ensino aprendizagem, lugar de interação. Neste caso, o
docente tem o papel de instigar seus alunos, provocando avanços, ele é mediador
do conhecimento, não aquele que apenas ensina, mas é aquele que consegue refletir
e aprender com seu discente, com a realidade deste, buscando sempre a maneira
mais prazerosa de ensinar e aprender.