A presença da arte de desenhar mapas, figuras e cartas são notadas desde o início da história do homem. Pois, encontram-se como uma requisitada forma de representar dados das dimensões espaciais conhecidas.
Técnicas primitivas e as primeiras representações cartográficas
Neste caso, devido à maior necessidade de abordar ou expor imagens de interpretações para variáveis fins, o mapeamento repercute no início da história do homem com autonomia e criatividade. Logo, é mais antiga que a escrita e a própria história segundo “Raisz, Erwin. General Cartografhy”.
Então, as técnicas arcaicas eram feitas em materiais simples na concepção dos mapas, como: a cerâmica, o papel, os bronzes, as cascas de coco, a pedra, a pele dos animais, etc.
E, notavelmente, todas as culturas e sem censura, usaram formas de expressar um lugar natural ou humano, logo à origem do mapa remonta há 4500 anos. Existindo provas acumuladas desde a antiguidade sobre a cartografia primitiva, observadas em comunidades, isto é, nas habilidades de povos como: os babilônios, os egípcios e chineses etc., vinda de estudos históricos, geográficos, etnológicos e arqueológicos.
Contribuições babilônicas e egípcias
Sendo o mapa mais antigo estudado, o Ga-Sur que foi elaborado num pedaço de argila cozida produzido pelos babilônios. Os entendidos calculam que a sua idade origina entre 2400 e 2200 ou 3800 a.C., com isso, estão entre os Séculos XXV e XXIII a.C. [...] Quanto à astronomia, é comprovado pelas pirâmides que se originou no Egito.
Porém, foram os gregos que organizaram e consolidaram a geodésica [...] Enfim, nos séculos da antiguidade destacamos técnicas simples de mapeamentos e levantamentos cosmógrafos ou cartógrafos, relacionados como um registro cartográfico de povos e territórios úteis para os fins da ação prática de subsistência (Moreira, Ruy, 2007).
Paulatinamente, já os séculos compreendidos na Idade Média são considerados como um momento de crise e estagnação para as evoluções dos pensamentos sobre mapeamentos, tempos de mitos e idealizações do mundo segundo os antigos pensadores cartográficos.
Renascimento e o renascimento da cartografia
No entanto, com o Renascimento, as manifestações da burguesia comercial, as viagens mediterrâneas, as Grandes Navegações, a Reforma Protestante, o Humanismo e depois o Iluminismo (século XVIII). Já no início do século moderno (final do XIV e início do XV) existiu um retorno às valorizações das ciências empíricas e epistemológicas.
Logo, em seguida, as coisas mudaram, pois, tem Pedro Nunes no século XVI (1502-1577), com a invenção do mônio e outras publicações astronômicas (Tratado da Esfera, como exemplo dos feitos cartográficos de Pedro Nunes). Porque, foram no século XV e XVI que os portugueses aperfeiçoaram a caravela, o astrolábio e as cartas de marear.
Contudo, ainda com várias considerações de mapas da China feitos por estrangeiros que contribuiu para aproximar o Oriente com o Ocidente, por causa das intencionalidades políticas [...] Observando ainda, que no Renascimento o cartógrafo é um especialista dos corpos celestes em seus rebatimentos geodésicos sobre a superfície da terra.
Já, entre o Renascimento e o Iluminismo o mapeamento se duplica em: cartografia do fantástico da Europa (imaginário etnocêntrico dos europeus) e cartografia de precisão em busca de descobertas marítimas (Moreira, Ruy, 1993, 2007).
Cartografia moderna e contemporânea
Por fim, os saberes cartográficos modernos, isto é, atual, são os somatórios de contribuições cartográficas desde a antiguidade [...] Em suma, a Cartografia contemporânea é o produto e o somatório dos principais eventos cartográficos desde a antiguidade, Idade Média e, sobretudo, os séculos da Idade Moderna.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- DUARTE, Paulo Araújo. Cartografia básica. Santa Catarina: UFSC, 1988.
- FILHO, J. M. Elementos de Cartografia Técnica e Histórica. V. 2. Belém, 1997.
- IBGE. Manuais técnicos em Geociências. Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999.
- MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 2007.