VIGILANTE: NESCESSARIO, IMPORTANTE E FUNDAMENTAL
A falta de segurança nas grandes cidades, trás preocupações a sociedade, desta forma uma das saídas encontradas, é a segurança privada. O mercado da segurança, financeiramente é atrativo e muito explorado na parte comercial. Não só aqui no Brasil, como em outros países de primeiro mundo. Na Inglaterra estima-se que profissionais que atuam na segurança privada sejam o dobro da publica. Nos Estados Unidos existe aproximadamente três milhões, o triplo da publica. No Brasil o numero de profissionais é quatro vezes mais. Portanto não devemos questionar somente a capacidade ou a incapacidade da segurança publica, ou se o Estado esta transferindo a responsabilidade para o setor privado.
Por ser um mercado que esta sempre em alta, as empresas estão sempre competindo entre si, desenvolvem e apresentam seus produtos e serviços para conquistar novos clientes. Em algumas empresas de segurança privada, seja ela de pequeno, médio ou de grande porte, não esta de forma nenhuma relacionada à valorização do profissional. Algumas empresas esquecem-se de um fator importante: O vigilante. Vigilantes São profissionais capacitados pelos cursos de formação, empregados das empresas especializadas e das que possuem serviço orgânico de segurança, devidamente registrados no Departamento de Polícia Federal, responsáveis pela execução e fiscalização das atividades de segurança privada.
Vamos falar da formação do vigilante, estabelecida pela Legislação de Segurança Lei 7.102 de 20 de junho de 1983, e Portarias 387/2006, 515/2007, sob a fiscalização da DPF – Departamento de Policia Federal, através das DELESP. Requisitos para um cidadão se tornar um vigilante: Ser Brasileiro ou naturalizado, idade acima de 21 anos, não ter antecedentes criminais, ter no mínimo a quarta serie do ensino fundamental, estar quites com as obrigações militares e eleitorais. Ter sido aprovado nos exames: físico, mental e psicológico. Aprovado no curso de formação de vigilante em academia reconhecida e aprovada pela Policia Federal. O curso tem a carga horária de 160horas, duração de quinze dias, com média de dez horas de aulas diárias, na grade curricular consta: gestão de pessoas, noções de direito, prevenção e combate a incêndio, primeiros socorros, defesa pessoal, educação física, sistemas de segurança pública, física e patrimonial, crime organizado, manuseio de armas, curso de armamento e tiro, sistemas de alarmes e radiocomunicação e operações táticas.
A cada dois anos, (em breve após ser sancionada a nova Lei será a cada um ano), este profissional é obrigado por Lei, retornar a academia para se reciclar. Esta reciclagem é de três dias, com a carga de trinta horas.
As empresas só focam os clientes, que é o fator determinante, e o mais importante na visão comercial. Esquecem-se que para a satisfação do cliente na prestação de serviço, o vigilante é o colaborador de linha de frente, e sempre estará em contato direto com o cliente. Alguns gestores de empresas, e alguns clientes não se preocupam com o bem estar e a situação física e emocional deste colaborador no posto de serviço. E não devemos nos esquecer ainda, que este trabalhador é um ser humano, e não uma maquina, haja vista que as maquinas também falham. Algumas empresas (uns 5%), antes de alocar o vigilante no posto de serviço, efetuam um levantamento técnico, para saber quais as necessidades deste novo cliente, somente após este estudo prepara, o Manual de Normas e Procedimentos, um treinamento especifico para o vigilante que ira atuar neste cliente, além disto, conta com o acompanhamento diário do supervisor de segurança, para auxiliá-lo e tirar suas duvidas, que no inicio são varias. Nestas empresas constam em seu cronograma, treinamentos, palestras, cursos e workshop, para seus colaboradores direcionados em suas áreas de atuação. Não se esqueçam estamos falando de empresa de segurança que cumprem o seu papel: é uma empresa legalizada, que cumpre seu dever na arrecadação de seus impostos; seus colaboradores recebem seus direitos, a escala de serviço é de acordo com as necessidades e condições de cada posto.
Existem empresas (cerca de 95%), que não são legalizadas e não cumprem com suas obrigações; aloca o vigilante no posto de serviço, sem ter efetuado a analise técnica, sem treinamento especifico; cronograma para treinamentos, palestras e cursos. A supervisão é uma vez ao mês, em uma escala de serviço desumana, os funcionários não recebem seus direitos, e em alguns casos, recebem seu salário atrasado. Neste caso a sociedade terá um profissional em serviço estressado, cansado, mal remunerado, com problemas profissionais e particulares, e desta forma não trará beneficio algum e sim um risco para a sociedade.
Os clientes (gestores de contratos) têm que analisar todos estes fatores, deve pesquisar as empresas antes de fechar o contrato, não ficar atrelados só as promessas e aos valores apresentados pelas empresas prestadoras de serviços de segurança, ou em qualquer área terceirizada. O prestador de serviço e o cliente devem sempre questionar: será que o serviço prestado atende as necessidades e as normas exigidas pela legislação vigente?
É constatado que profissionais em diversas áreas, qualificados e bem remunerados exercem suas atividades com rendimentos satisfatórios em qualquer segmento.