É natural no meio familiar que em certos momentos alguns parentes tenham desarmonias e problemas no convívio. E nas empresas familiares não é diferente, desentendimentos acontecem entre sócios, entre os próprios empregados, entre o patrão e os seus funcionários. Nas empresas que os familiares os conflitos tendem a ser mais bruscos.
Normalmente os modelos de gestão empresarial mais modernos não são executados em empresas familiares, geralmente o fundador adota um modo de administração para a organização. E é ele quem escolhe a função de cada familiar, sem levar em conta a competência e o comprometimento para a escolha do cargo de certa pessoa na empresa.
Devido ao grupo de colaboradores da empresa serem todos da mesma família, a emoção acaba falando mais alto que a razão muitas vezes, atrapalhando na hora de tomar decisões importante e apropriadas em determinados momentos. Demitir um familiar, ou chamar atenção devido a um erro cometido, por exemplo, não é uma tarefa fácil.
Para que o negócio familiar tenha sucesso é necessário falar abertamente sobre a gestão profissional com os familiares que fazem parte da empresa.
Para identificar e administrar as diferenças dos familiares que compõem a empresa, um profissional habilitado em advocacia empresarial e familiar é recomendável. Ele pode conversar com todos, saber a opinião de cada um, o ponto de vista, e chegar a uma conclusão que melhore a comunicação e todos os processos internos da empresa, para que todos fiquem satisfeitos, garantindo o bom andamento da organização.
Existe um processo de amadurecimento da empresa com seus membros, comum a negócios familiares. Após essa fase a empresa terá um fundamento para se expandir e caminhar rumo ao crescimento, já que as interferências familiares deixarão de existir.
Quanto mais cedo as divergências forem resolvidas, mais fácil será para atender as expectativas dos colaboradores em relação à empresa e definir qual a função de cada um na mesma.
É importante que se deixe para definir a sucessão entre os conflitos, pois em um ambiente mais calmo, tranquilo, fica mais fácil tomar decisões importantes, racionais e não emocionais.
Se a empresa possuir planejamento estratégico e sucessório e um modelo de gestão moderno, situações como o falecimento ou divórcio de um dos sócios terão pouca repercussão na empresa e o seu crescimento será natural.
O diálogo entre pais e filhos, é essencial para um bom convívio e o crescimento dos dois lados, para que tenham uma boa relação. Nas empresas não é diferente, os sócios devem conversar abertamente com os familiares sobre a sucessão e a sua participação na organização, para garantir um bom desenvolvimento e sucesso nos negócios.