E AGORA JOSE?

José, aos sessenta anos, enfrentava diabetes e hipertensão. Logo após atingir a terceira idade, foi acometido por dores abdominais severas, buscando inicialmente soluções caseiras, como chá de carqueja, antes de recorrer ao hospital público.

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A experiência no hospital e o Protocolo de Manchester

No hospital, José invocou o Estatuto do Idoso para prioridade no atendimento. Apesar disso, após a triagem, recebeu uma etiqueta verde, indicando baixa prioridade. Confuso sobre o Protocolo de Manchester, ele enfrentou horas de espera em condições desconfortáveis, desistindo do atendimento e retornando para casa.

Ao buscar atendimento prioritário em uma agência bancária para resolver questões de sua conta, José encontrou resistência. A justificativa foi o movimento intenso devido ao pagamento de pensionistas e funcionários públicos, forçando-o a enfrentar uma fila única, sem direito a prioridade.

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Durante uma ida ao shopping, José tentou utilizar o estacionamento reservado para idosos. Porém, foi barrado por não ter sessenta e cinco anos completos, sendo obrigado a procurar vaga em outro local, alimentando ainda mais sua indignação.

Tratamento odontológico na UBS

A busca por atendimento odontológico revelou mais barreiras. José enfrentou exigências como participar de aulas de escovação e comprovar condições socioeconômicas. Apesar de insistir, enfrentou atrasos e descaso, recebendo sermões sobre não ser prioridade.

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José, frustrado pelas repetidas humilhações, reflete sobre as dificuldades enfrentadas na chamada "melhor idade". Desde a dieta restritiva até o desrespeito nos serviços públicos, ele conclui que o envelhecimento trouxe mais desafios e exclusão do que benefícios.

Conclusão

A "melhor idade", para José, se resumiu a protocolos hospitalares excludentes, filas intermináveis, falta de respeito, e o descaso da sociedade. Ele se viu reduzido a um "pé na cova", enfrentando a indiferença dos mais jovens e da estrutura pública.