O FENÔMENO BULLYING NO 9º ANO DA ESCOLA ESTADUAL BARÃO DE MAUÁ

O FENÔMENO BULLYING NO 9º ANO DA ESCOLA ESTADUAL BARÃO DE MAUÁ

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Elisa Oliveira da Conceição [1]

Curso de Letras

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Orientador: Prof. Esp. Roberto Carlos Bastos da Paixão [2]

RESUMO

O objeto tema de estudo para este artigo foi a interferência do fenômeno bullying no aprendizado dos alunos do 9º ano da Escola Estadual Barão de Mauá. Diante do exposto, considera-se essa pesquisa como sendo de fundamental importância na tentativa de identificar como um conjunto de atitudes agressivas pode trazer transtornos em sala de aula para o educador e o educando, além das sequelas que são causadas por conta dessas atitudes, como por exemplo, dor e angústia, que são deixadas naqueles que sofrem por serem vítimas de diversas formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro, e essas sequelas podem segui-los durante o resto de suas vidas. Além desse aspecto, o bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição. Assim, as escolas que não admitem a ocorrência de bullying entre seus alunos desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Desta forma, para a realização deste trabalho analisa-se o bullying como um fator que interfere no processo de aprendizagem e o papel da escola e do educador frente a esse fenômeno, que tem se tornado crescente em nossas escolas, além das condições essenciais para que haja um bom desempenho escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Bullying. Escola. Aprendizagem.

ABSTRACT

The subject matter of study for this article was the interference phenomenon of bullying on student learning of the 9th year of the State School Barão de Mauá. In this light, it is this research as being of fundamental importance in trying to identify a set of aggressive attitudes that can bring disorder in the classroom for the teacher and the student, in addition to sequels that are caused because of these attitudes, as example, pain and anguish, which are left in those suffering as victims of various forms of aggressive actions, both intentional and repeated that no evident reason, performed by one or more students against another, and these sequelae may follow them for the rest of their lives. Apart from this, bullying is a worldwide problem, being found in every school and is not restricted to any particular type of institution. Thus, schools that do not admit the occurrence of bullying among their students know the problem or refuse to face it. Thus, for this work analyzes the bullying as a factor that interferes with the learning process and the role of the school and the teacher against a phenomenon that has become increasing in our schools, and the conditions essential to the normal good school performance.
KEY WORDS: Bullying. School. Learning.

1. INTRODUÇÃO

Realizar um trabalho que tenha como tema o fenômeno bullying foi um desafio no que se refere a se aprofundar no conhecimento de suas causas e formas de evitá-lo dentro do ambiente escolar. Considera-se importante este estudo pelo fato deste ser um fenômeno que tem crescido consideravelmente no ambiente escolar e tem até mesmo feito parte do nosso cotidiano. Inúmeras vezes temos visto casos na mídia de vítimas de bullying que acabam se rebelando contra os seus colegas e seus educadores por conta da revolta que sentem de serem alvos de situações que lhe causam vários tipos de constrangimentos e que deixam várias sequelas psicológicas.

O objetivo geral do trabalho é analisar de que forma o fenômeno bullying interfere no aprendizado dos alunos. Nessa perspectiva, pretende-se identificar esse fenômeno na escola pesquisada, e além desse aspecto, como um conjunto de atitudes agressivas pode trazer transtornos em sala de aula para o educador e o educando e descobrir as alternativas adotadas pela escola que levam o aluno a enfrentar o problema.

Acredita-se que problemas familiares também contribuem para que haja a manifestação do fenômeno em alguns indivíduos no ambiente escolar.

“Quando os pais/cuidadores protegem, preservam de incômodos ou perigos (...) estão construindo um espaço de proteção. (...) A ausência desse espaço é desabrigo, ataque, enfim, violência (...).” (PORTELLA, 2006, p. 81).

Assim, acredita-se que a falta de apoio familiar são uns dos fatores que podem transformar o aluno em um agressor. A escola deve estar se unindo à família para que esse fato não aconteça.

Além desse aspecto, os educadores devem ser conscientizados da necessidade de orientar os seus educandos para que se tornem mais tolerantes primeiramente no ambiente escolar, em casa e como também na sociedade. É dever da escola também ter a consciência de que tem uma função importante no que diz respeito ao fenômeno bullying e ao comportamento agressivo entre alunos. Assim, esta deve procurar criar programas de combate à violência escolar, tanto física quanto psicológica.

Para o alcance desses objetivos, metodologicamente, esta pesquisa caracteriza-se por ser bibliográfica de caráter exploratório e quantitativo. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado e publicado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Além desse aspecto, para a realização deste trabalho, coletaram-se dados através do instrumental utilizado (aplicação de questionários e entrevista), pesquisa descritiva, procedimento tipológico, da obtenção de informações por pesquisa bibliográficas realizadas através de artigos referentes ao tema abordado além do uso da Internet.

2. O FENÔMENO BULLYING E A SUA INTERFERÊNCIA NO APRENDIZADO

O presente estudo parte do pressuposto de que os transtornos gerados pelo fenômeno bullying são muitos, entre eles depressão, medo e outros tipos de problemas psicológicos. Frente a este exposto, esta pesquisa objetiva-se de maneira geral analisar de que forma o fenômeno bullying interfere no aprendizado dos alunos. Como objetivos específicos destacam-se: identificação desse fenômeno nas escolas pesquisadas; identificar como um conjunto de atitudes agressivas pode trazer transtornos em sala de aula para o educador e o educando; descobrir as alternativas adotadas pela escola que levam o aluno a enfrentar o problema.

2.1. Caracterização do Bullying

Ser apelidado com nomes depreciativos por colegas de classe, defender-se de uma agressão física ou verbal, ou ainda ser o centro de piadas de mau gosto são algumas situações que tornaram normais no ambiente escolar. Fante (2005, p. 10) afirma que este fenômeno “tem um poder destrutivo capaz de promover danos psicológicos incalculáveis e irreparáveis às suas vítimas”.  Pesquisas apontam que atitudes como essas eram consideradas brincadeiras e que não tinham nenhuma influência no aprendizado dos alunos que eram vítimas desse tipo de atitude. Porém, atualmente, constata-se que essas brincadeiras causam um enorme prejuízo à vítima dessa situação podendo levá-los, em casos extremos, atentar contra a vida de seus agressores ou até mesmo cometer o suicídio. Tanto que é, que este fenômeno está sendo abordado de forma mais séria pelos especialistas em questão, que denominaram este tipo de comportamento como sendo bullying.

Capucho & Marinho (2008, p.11) afirmam que:

O poder de sensibilização ao fenômeno bullying está relacionado, entre outros fatores à sua alta carga emocional devido ao fato de o ciclo se fechar muitas vezes com manifestação de alto grau de violência e sequelas profundas - o fenômeno chega a ser denominado por Rubem Alves como forma escolar de tortura -, mas também devido ao fato de relacionar-se à busca de maneiras eficientes de transformar uma sala de aula em que se apresentam condutas desrespeitosas e violentas num espaço de respeito e ensino-aprendizagem efetivo.

A sensibilização que o bullying ocasiona é o que o difere de um mero caso de violência escolar. Por estar indubitavelmente entrelaçado com o lado emocional, sua manifestação acarreta um maior prejuízo para o indivíduo que sofre esse tipo de abuso. Sequelas emocionais, traumas físicos e psicológicos e interferência negativa no aprendizado são apontados como algumas consequências que esse fenômeno pode acarretar. Isso justifica o fato dele possuir características singulares, sendo que a mais grave é o poder que o bullying tem de causar traumas no campo psicológico, tanto das vítimas quanto aos que estejam envolvidos de alguma forma neste processo de agressão.

“Trata-se de um problema mundial, encontrado em todas as escolas, que vem se disseminado largamente nos últimos anos e que só recentemente vem sendo estudado em nosso país”. (FANTE, 2005, p. 02).

O bullying tornou-se um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito apenas a nenhum tipo de específico de instituição: rural ou urbana, primária ou secundária, pública ou privada. Este fenômeno pode ser reconhecido também em outros contextos como: familiar, no local de trabalho (neste caso pode ser denominado como assédio moral ou workplace bullying), condomínios, asilos, ou seja, em locais que existam relações interpessoais.

2.2. Consequências do Bullying no ambiente escolar

Quando falamos sobre o conceito do que seria o fenômeno bullying, Fante (2005, p.17) entende que:

Define-se universalmente como “um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento”. Insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying.

Esse conjunto de atitudes agressivas que caracterizam a manifestação do bullying sempre trás prejuízos psicológicos para aqueles que sofrem esse tipo de agressão. Geralmente causada entre alunos, essa prática cruel leva seus alvos à exclusão e consequentemente a frustrações, pelo fato de não serem aceitos por determinados grupos de colegas.

Isso contribui negativamente para o indivíduo, pois posteriormente esses alvos podem tornar-se adultos agressores. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa autoestima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento, podendo assumir, também uma postura de agressores e mais tarde poderão vir a sofrer ou praticar o bullying em outros ambientes, como por exemplo, no ambiente de trabalho. Quando falamos sobre traumas que o bullying pode causar, Jacobson (1992, p. 24) afirma que:

O bullying durante brincadeiras de criança, muitas vezes, é o início de uma história que culmina em violência doméstica na idade adulta. Muitos estudos indicam que o bullying precoce está fortemente associado à violência emocional e, por vezes, física, nos relacionamentos.

Assim podemos perceber que o bullying no ambiente escolar pode transformar posteriormente os agressores em delinquentes e sem dúvida transformar as vítimas em pessoas frustradas e sem expectativa de vida. Em casos extremos, algumas dessas vítimas poderão tentar ou cometer o suicídio. Já os que são agressores, ou seja, aqueles que praticam o bullying contra seus colegas, como fora dito anteriormente, poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento antissocial, adotando atitudes agressivas no ambiente familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.

Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de que autores de bullying na época da escola venham a se envolver mais tarde em atos criminosos ou de delinquência. Além desse aspecto, as testemunhas também se veem afetadas por erre ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar vítimas. Por conta disso, a omissão dos alunos quando são vítimas do bullying acaba prejudicando o desenvolvimento de qualquer projeto de combate a esse fenômeno na escola, pois a direção fica desinformada e acaba não tomando as atitudes necessárias.

Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todos os educandos, sem exceção, são afetados negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Inácio (2008) afirma que “os “agressores” se valem da “lei do silêncio” e do terror que impõem às suas “vítimas”, bem como do receio dos “espectadores”, que temem se transformarem na “próxima vítima”. Com isso, podemos perceber que alunos que testemunham as situações de bullying, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma consequência para quem o pratica, podem não ter problema algum em adotar esse mesmo tipo de comportamento.

Beaudoin e Taylor (2006) apontam que “os pensamentos dos indivíduos geralmente estão sujeitos a um filtro cultual daquilo que é aceitável num contexto cultural específico”. Ou seja, os pensamentos dos indivíduos podem estar sujeitos a bloqueios culturais, fazendo assim que o bullying não seja por muitas vezes denunciado.  Sendo assim, é necessário que haja nas escolas uma supervisão escolar frequente e eficiente e desenvolvimento de ações de solidariedade e resgate de valores de cidadania além do respeito mútuo entre os educadores e os educandos, havendo assim a identificação do bullying no ambiente escolar.

2.3. Identificação do Fenômeno Bullying nas escolas

Em escolas, o bullying geralmente ocorre com mais intensidade em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola . Segundo Fante (2005), o bullying pode ser classificado de duas maneiras: direta e indireta. A forma direta é a mais comum, sendo que a incidência maior é entre o sexo masculino e tem como características as seguintes atitudes: agressões físicas, uso de apelidos depreciativos, ofensas verbais ou expressões e gestos que provoquem mal estar e constrangimento às vítimas, além de roubos e ameaças. Já a forma indireta também denominada como agressão social, é mais comum entre agressores do sexo feminino e entre crianças pequenas. Caracteriza-se por forçar a vítima ao isolamento social, através de diversas formas como: isolamento, atitudes de indiferença, exclusão, críticas sobre o aspecto físico e social da vítima, além de difamação e recusa de socialização com a vítima.

No ambiente escolar, o comportamento da prática do bullying é agressivo e negativo, é executado repetidamente e ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

De acordo com Abramovay (2006, p.103):

A indisciplina pode colaborar para a deterioração das relações entre os atores escolares como também pode construir-se em um conflito positivo que adverte para a importância de rever rumos e rotas escolares, atentando aos pedidos de atenção e de crítica implícita á escola que fazem os alunos.

Um dos fatores que certamente para a extensão do fenômeno bullying no ambiente escolar é a indisciplina, pois esta colabora significativamente para a danificação das relações interpessoais (aluno-professor; professor-aluno; aluno-aluno). Segundo Emili Durkheim, sociólogo francês que entre outras coisas relacionava educação e moral em Sorbonne, no início do século XX, a disciplina era fundamental para a manutenção da ordem. A indisciplina gera o desrespeito que está relacionado ao bullying.

Contudo, devemos mencionar que a escola deve estar apta para criar intervenções que afetem a atitude dos professores e dos funcionários das escolas em relação aos problemas causados pelo bullying e tirar esse conceito de que a culpa é somente dos alunos e que eles são os agentes causadores de crescimento do bullying na escola. Essas s devem possibilitar aos professores um novo contato com os educandos, levando-os a ajudar e auxiliar os discentes, em vez de puni-los.

Segundo Fante (2005, p. 207):

Combater a violência para reduzi-la a níveis toleráveis, sabemos, não é uma tarefa fácil (...). Entretanto, acreditamos ser possível e viável o seu combate desde que haja conscientização, planejamento, investimentos, atitudes de compromisso e de responsabilidade, cooperação e, sobretudo, tempo, para que uma nova contracultura de paz seja estabelecida.

O combate à violência não é algo considerado fácil, pelo fato desta ser um fenômeno um tanto quanto complexo e com diversas causas determinantes e inúmeros tipos de manifestações, tendo sempre alguém ou algum grupo prejudicado. Entretanto, havendo planejamento e colaboração de ambas as partes esse fenômeno que traz tanto sofrimento e transtornos poderá ser minimizado consideravelmente. “A falta de diálogo e de respeito parece ser a origem da agressividade infantil e juvenil”. (CHALITA, 2008, p. 08).

Assim, podemos perceber que um dos fatores que contribuem significativamente para o crescimento do bullying é a falta de diálogo, começando dentro do ambiente familiar e alastrando-se no ambiente escolar, entre os educandos e educadores e a coordenação/direção da escola.

2.4. O Bullying na Escola Estadual Barão de Mauá

A Escola Estadual Barão de Mauá, objeto deste trabalho, está situada à Rua José Conrado de Araújo, S/N, Conjunto Orlando Dantas. Fundada em 1987 a escola oferece à sua clientela o ensino fundamental a partir do 8º ano ao 3º ano do ensino médio.

Por possuir um número de alunos que têm idade superior aos onze anos, a escola enfrenta problemas de violência entre eles, principalmente entre os alunos do sexo masculino, por conta de gangs que se instauraram dentro do ambiente escolar. Assim, os alunos que se recusam a participar dessas facções sofrem represálias, agressão verbal e até mesmo física, fatores que contribuem negativamente para o aprendizado destes. Além desse aspecto, os educadores também sofrem com medo de represálias dos agressores. Têm medo de denunciá-los por conta da violência e das ameaças que podem se estender até mesmo fora do ambiente escolar.

O programa “Cidadania e Paz nas escolas” existente na E. E. Barão de Mauá visa manter os alunos informados sobre este fenômeno e os prejuízos que ele pode causar, além de como fazer para não se tornar um praticante do bullying. Além disso, a escola desenvolve projetos em cada sala como, por exemplo, produção de peças teatrais (que trazem simulações de casos de bullying e de que forma eles podem ser combatidos), mini – projetos, oficinas de pintura, artesanato, grafite, painéis que pregam a paz e respeito entre os alunos, professores e funcionários da escola, enfim, ações pedagógicas que trabalham a questão do bullying para que haja conscientização, sensibilização e informação dos alunos e da comunidade. Portanto, a E. E. Barão de Mauá está buscando formas para que o fenômeno bullying não venha tomar proporções imensas dentro do ambiente da escolar.

Assim, vemos que um conjunto de atitudes agressivas pode trazer transtornos em sala de aula para o educando e para o educador. Cabe aos envolvidos conscientizar-se para que não haja crescimento desse fenômeno e conscientização dos governantes para que através da criação de novos programas contra violência escolar. “O engajamento em projetos solidários levará aos jovens a desenvolverem a responsabilidade social”. (FANTE, 2005, p. 136).

Apesar da criação de projetos de combate ao bullying, sem dúvida que as dificuldades são significativas, surgindo a todo o momento e de várias formas. É preciso saber lidar com as situações adversas, contribuindo para que o aprendizado não seja prejudicado por atitudes agressivas que possam contribuir negativamente para com o seu processo de aprendizagem.

Abramovay (2005) afirma que “nem sempre a escola busca alguma forma de resolução dos conflitos ou reage quando da ocorrência de algum ato violento”. Isso é um fato que como podemos perceber não ocorre na Escola Estadual Barão de Mauá. Contudo, para que o projeto existente na escola seja ma mais eficaz necessitasse da colaboração mútua dos educadores e dos educandos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a conclusão deste trabalho, analisou-se que o fenômeno bullying interfere negativamente no aprendizado dos alunos. Pelo fato de se sentir intimidado e inseguro, a vítima do bullying acaba não tenho um aproveitamento escolar satisfatório. Esse fenômeno foi identificado na Escola Estadual Barão de Mauá, objeto desse trabalho, sendo que para os educadores desta escola é muito difícil lidar com o bullying, pelo fato de terem receio de sofrer represálias por parte de agressores que fazem parte de facções. Conclui-se que esse conjunto de atitudes agressivas traz sem dúvida transtornos em sala de aula para o educador e o educando, atrapalhando sem dúvida o processo de aprendizado. Não podemos deixar de citar os traumas psicológicos que as vítimas desse tipo de agressão acabam sofrendo, por muitas vezes carregando-os durante toda a sua vida.

As alternativas adotadas pela escola que levam o aluno a enfrentar o problema são de extrema importância, sem dúvida. Contudo, a eficácia dessas alternativas existente na escola pode ser maior se os educadores colaborassem de forma mais efetiva, procurando estar, juntamente com a coordenação da escola, orientando aos seus alunos a enfrentarem da melhor maneira possível esse problema.

Para finalizar, considera-se que apesar do bullying ter tornado-se um fenômeno pode certamente ser diminuído ou até mesmo removido do ambiente escolar, logicamente contando com a colaboração de todos que são integrantes do ambiente escolar, como os alunos, professores e coordenação. Pois a soma desses esforços, com certeza, contribuirá para a formação de cidadãos críticos, conscientes e prontos para exercerem uma vida harmoniosa e saudável, sem traumas por conta de experiências vivenciadas durante o período escolar.

REFERÊNCIAS

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[1] Acadêmica do 8º Período do Curso de Letras português&inglês. E-mail: eoconceicao@hotmail.com.

[2] Professor Orientador e Docente da Faculdade Atlântico. E-mail: yeper_rp@hotmail.com.