OS PCN’S E A RELAÇÃO INTERACIONISTA
AUTOR: OTACÍLIO DO CARMO DANTAS
RESUMO:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e do Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) resgataram a importância do brincar no cotidiano dos Centros de Educação Infantil. Essa foi uma relevante contribuição pra a Educação Infantil. Em especial, esse movimento não é instantâneo nem está garantido pelo fato de existir espaço para discussões, reflexões ou leituras críticas sobre o assunto. É necessário o brincar ,pois é primordial no trabalho junto ás crianças de 0 a 6 anos.Essa postura deverá ser de toda a equipe escolar ,partindo do diretor, coordenadores auxiliares até os funcionários que prestam serviços dentro da escola, não somente pelo professor de classe.
ABSTRACT:
The National Curricular Parameters (PCN) and the National Curriculum for Early Childhood Education (RCNEI) rescued the importance of play in everyday Child Education Centers. This was an important contribution to early childhood education. In particular, this movement is not instantaneous and is not guaranteed by the fact that there is room for discussion, reflection or critical readings on the subject. You need to play, it is paramount to the children at work from 0-6 anos.Essa posture should be all school staff, from director, coordinators, assistants to the staff who provide services within the school, not only by the teacher class.
INTRODUÇÃO:
Segundo Piaget, o brincar apresenta características diferentes de acordo com o desenvolvimento das estruturas mentais ,existindo 3 etapas fundamentais:
De 0 aos 2 anos de idade ocorrem os chamados Jogos de Exercício .Neste período, acriança vai adquirindo competências motoras e aumentando a sua autonomia. Vai preferindo o chão ao berço, demonstrando alegria nas tentativas de imitação da fala ,revelando prazer ao nível da descoberta do seu corpo através dos sentidos.
Elabora então as suas brincadeiras á volta da exploração de objetos através dos sentidos,da ação motora ,e da manipulação –características dos “jogos de manipulação” .Estes jogos oferecem sentimentos importantes de poder e eficácia ,bem como fortalecem a auto -estima .Deste modo constituem peças fundamentais para o desenvolvimento global da criança.
Entre os dois e os seis/sete anos de idade e simbologia surge com um papel fundamental nas brincadeiras ,como são exemplo o “faz de conta”, as histórias ,os fantoches ,o desenho o brincar com os objetos atribuindo-lhes outros significados etc. Os jogos simbólicos são possíveis ,dado que, nesta fase, a criança já é capaz de produzir imagens mentais .A linguagem falada permite-lhe o uso de símbolos para substituir objetos.
O jogo simbólico oferece à criança a compreensão e aprendizagem dos papéis sócias que fazem parte da sal acultura (papel de pai, de mãe filho, médico, etc.)
Ao brincar ,além de conjugar materiais heterogêneos como pedra ,areia ,madeira e papel ,ela faz construções sofisticadas da realidade e desenvolve seu potencial criativo ,transforma a função dos objetos para atender seus desejos .Assim ,um pedaço de madeira transforma a função dos objetos para atender seus desejos .Assim, um pedaço de madeira pode virar um cavalo ,com areia ,ela faz bolos, doces para sua festa de aniversário imaginária e ainda ,cadeiras se transformam em trem, em que ela tem função de conduto ,imitando o adulto.
“A brincadeira é uma atividade que a criança começa desde seu nascimento no âmbito familiar”(KISHIMOTO,1994,p.139) e continua com seus pares .Inicialmente ,ela não tem objetivo educativo ou de aprendizagem pré-definido .A maioria dos autores afirma que ela é desenvolvida pela criança para seu prazer e recreação ,mas também permite a ela interagir com pais, adultos e cutâneos ,bem como explorar o meio ambiente.
DESENVOLVIMENTO
Como a criança é um ser em desenvolvimento, sua brincadeira vai se estruturando com base no que é capaz de fazer em cada momento. Isto é, aos seis meses e aos três anos de idade tem possibilidades diferentes de expressão, comunicação e relacionamento com o ambiente sociocultural no qual se encontra inserida .Ao longo do desenvolvimento, portanto, as crianças vão construindo novas e diferentes competências ,no contexto das práticas sociais, que irão lhes permitir compreender e atuar de forma mais ampla no mundo .
É no contexto da cultura que se dá a construção social de significados, com base nas tradições ,idéias e valores do grupo cultural que cria e recria padrões de participação, dando origem ao desenvolvimento de típicas categorias de pensamento e de recursos de expressão.
Vygotsky (1998) diz que :
(...)se as necessidades não realizáveis imediatamente ,não se desenvolvessem durante os anos escolares, não existiram os brinquedos ,uma vez que eles parecem ser inventados justamente quando as crianças começam experimentar tendências irrealizáveis(p106).
Com isto ,no espaço da sala de aula ,a criança procura satisfazer seus desejos não realizáveis imediatamente envolvendo-se em um mundo imaginário ,onde os não realizáveis podem ser concretizados ;a este mundo é que se chama da brincadeira .
Há portanto ,uma crença de senso comum que o brincar da criança é imaginação em ação .Vygotsky (1998) considera que isto deveria ser invertido ,uma vez que a imaginação nas crianças em idade da educação infantil e nos adolescentes é o brinquedo sem ação. Desta forma, fica claro que o prazer que estas vivenciam é controlado por motivações diferentes das experimentadas por um bebê ao chupar sua chupeta.
A situação imaginária que envolve o brinquedo já pressupõe regras, ocultas ou não ,e que o contrário é verdadeiro ,ou seja, todo jogo tem ,explicitamente ou não ,uma situação imaginária envolvida .Nesse sentido ,o faz de conta é em especial significativo para o desenvolvimento infantil ,por estar relacionado à imaginação.
Em um esforço para compreender a importância da atividade do brincar para o desenvolvimento infantil, numa perspectiva co-construtivista , pode-se considerar que a criança,desde seu nascimento ,se integra em um mundo de significados construídos historicamente. É por meio da interação com seus pares que ela se envolve em processos de negociação ,dentre os quais ,os de significação e re-significação de si mesma ,dos objetos ,dos eventos e de situações ,construindo e reconstruindo ativamente novos significados.
Para analisar o desenvolvimento infantil, devem-se considerar os ambientes em que ocorre a atividade da brincadeira ,que são fisicamente estruturados ,segundo os significados culturais das pessoas responsáveis pela criança .A criança ocupa um papel ativo na organização de suas atividades ,construindo uma versão pessoal dos eventos sociais que lhe são transmitidos pelos membros de sua cultura.
Esta construção é elaborada pelos processos de interação social, canalização e trocas, fazendo uso de recursos e instrumentos semióticos construídos, cujos significados estão presentes na cultura coletiva. É preciso considerar que a criança expressa a compreensão do mundo por meio da ação ,e que cada classe social tem um sistema de significação cultural próprio ,relacionado às práticas típicas de seu grupo que, na relação com seus parceiros sociais ,envolve-se em processos de significação de si, dos outros e dos acontecimentos de sus contexto cultural, construindo e reconstruindo ativamente significados .
Assim, a percepção infantil sobre a atividade de brincar é marcada pela influência cultural ,que se torna o elemento de mediação, que integra o sistema de funções psicológicas desenvolvidas pelo indivíduo na organização histórica de seu grupo social, por meio dos processos de interação ,encaminhamento e trocas, utilizando recursos e instrumentos semióticos construídos de uma geração mais velha ,com os quais a criança entra em contato.
A cultura refere-se à organização estrutural de normas sociais ,valores, regras de conduta e sistemas de significados compartilhados pelas pessoas que pertencem a certo grupo, com uma história de convivência e relações de pertencimento. Especialmente os pais e profissionais responsáveis pelos cuidados, escolas e creches devem procurar organizar o ambiente de forma que este seja brincável, isto é, que incentive o brincar.
É impossível, porém a criança fazer a brincadeira em um âmbito apenas relacionado à livre fantasia ,mesmo quando não imita os instrumentos dos adultos .Sempre parte de significados culturalmente construídos ,pois é deles que ela recebe seus primeiros brinquedos, embora tenha certa liberdade pra aceitar ou recusar sugestões,bolas,bonecas, carrinhos são de certa forma, impostos como objetos de valor, graças à força de sua imaginação ,são transformados em brinquedos admirados e maravilhosos.
As crenças dos adultos sobre a brincadeira infantil são geradas em seus sistemas de significado cultural. A criança, como ser ativo no processo, vive a brincadeira, vai além da cultura de seus pais e professores ,uma vez que reconstrói as experiências adquiridas nos espaços familiares ,escolares e comunitários. Ela, assim, cria ,para suas brincadeiras, funções e cenários novos para as sugestões sociais ,oferecidas por seu grupo. Assim, ela internaliza sua subjetividade sobre os eventos sociais e, ao mesmo tempo, reconstrói o significado social da brincadeira.
Os pais que reprimem as brincadeiras dos filhos atrapalham a capacidade criativa e espontaneidade por toda avida futura da criança, transformando-as em adultos tristes, frustadose socialmente reprimidos. As crianças impedidas de brincar possuem um desenvolvimento motor, psíquico e social inferior ao das crianças que brincam normal e regularmente, pois brincando a criança começa a despertar para o sentido da vida e percebe que há todo um universo em seu “eu’’ interior.
A supervisão sadia ,por parte dos pais ou responsáveis deve ser aplicada e oferecida sempre que solicitada. Tudo isso contribuirá para um adulto mais feliz. As brincadeiras e os jogos estimulam a criatividade e participação da criança em grupos de amigos. Isso lhes conferirá a capacidade de entender o comportamento de outros indivíduos e de corresponder a eles dentro dos padrões sociais em que vivemos. As cores, os sons, a movimentação e a profundidade intelectual dos jogos sempre será o impulso do desenvolvimento mental e físico do ser humano.
A subjetividade da crianças vai se formando nas interações que estabelece com seus parceiros nos contextos cotidianos ,e o mundo adulto ,dependendo de seus valores culturais ,oferece à criança uma variedade de sugestões e modos de interação semioticamente marcados pelos modelos sexuais. Esta é uma da sugestões sociais que levam a criança a brincadeiras marcadas pelo gênero ,de acordo com a cultura coletiva ,o que frequentemente ocorre naqueles em que o menino só pode brincar de carrinho, e menina, de casinha de boneca .As famílias canalizam as ações ,as percepções e representações da criança na direção de assumir um papel social aprovado de acordo com suas crenças e valores.
Quando é mantida a especificidade da brincadeira livre, têm-se elementos fundamentaisque devem ser considerados :a incerteza ,a ausência de consequência necessária e a tomada de decisão pela criança emergem possibilidade de experimentação, na qual o adulto propõe ,mas não impõe, convida, mas não obriga ,e mantém a liberdade dando alternativas.
O referencial Curricular Nacional para a EducaçãoInfantil estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a define como um direito da criança para desenvolver seu pensamento e capacidade de expressão, além de situá-la em sua cultura. Atividades de brincadeirana educação infantil são praticadas há muitos anos, entretanto, torna-se imprescindível que o professor distinga o que é brincadeira livre e o que é atividade pedagógica que envolve brincadeira. Se quiserem fazer brincadeiras com a turma ,deve considerar que o mais importante é o interesse da criança por ela ,se seu objetivo fora aprendizagem de conceitos, habilidade motora pode trabalhar com atividades lúdicas ,só que aí não está promovendo a brincadeira, mas as atividades pedagógicas de natureza lúdica.(MEC,1998)
Essa intervenção dá-se em dois níveis :De um lado ,a não destrutiva do interesse pelo brinquedo .Do outro ,a proposição, no momento propício e em associação coma brincadeira ,de atividades dirigidas que tenham uma lógica ,elaborada em função de objetivos pedagógicos, intencionalmente promovidos pelos educadores ,tornando-se cada vez mais importantes à medida que a criança cresce. Intervir na brincadeira nunca dá certeza do que vai acontecer ,mas deve ser assegurada a intenção de atividade continuar a beneficiar o grupo.
O professor também pode brincar com as crianças, principalmente se elas o convidarem, solicitando sua participação ou intervenção. Mas deveprocurar ter o máximo de cuidado respeitando sua brincadeira e ritmo, sem dúvida esta forma de intervenção é delicada, por ser difícil o adulto participar da brincadeira sem destruí-la, é preciso muita sensibilidade, habilidade e bom nível de observação para participar de forma positiva.
Achave desta intervenção é a observação das brincadeiras das crianças, pois é necessário respeitá-las ,conhece-las :sua cultura, como e com quê brincam ,e quando seria interessante o adulto participar .Melhor, porém, é que não e aproveite este momento para observar seus alunos, para conhece-los melhor.
É também importante o professor desenvolver atividades dirigidas que envolvam brincadeiras ,mas elas precisam ter seus temas relacionados, para que haja contribuição pra o desenvolvimento infantil e elas atuando em conjunto podem, as duas ,serem enriquecidas.
Outra forma que o professor pode usar pra enriquecer a brincadeira é propondo atividades que incentivem a curiosidade das crianças , a troca de cartas e bilhetes com os parceiros , que leva à escrita e comunicação ,sendo experiências que poderão ajudar a criança, mais adiante ,a investir nestas habilidades no faz de conta.
O professor poderá, igualmente, organizar atividades que ajudem a criança a descobrir as possibilidades que certos matérias possuem, os jogos de grupo para crianças mais velhas ou os de construção para as mais novas, ensinam a dominá-lo melhor, desenvolvendo outros níveis de competência, além de permitir verificar o interesse da criança.
A brincadeira ocorre em ambientes que são fisicamente estruturados de acordo com os sistemas de significado cultural das pessoas que o habitam .Muitas crianças que sabem brincar descobriram e aprenderam isto em seu meio, com familiares, pares da mesma idade ou um pouco mais velhos ,sendo a brincadeira uma atividade construída social e culturalmente em cada meio.
Outro aspecto importante é estimular as crianças a proporem brincadeiras que realizam em sua comunidade. Isto possibilitará que entre em sal de aula todo o universo cultural próprio dela, permitindo ao professor melhor conhecer sua realidade, cabendo a ele enriquecer as experiências lúdicas das crianças, pois a escola tem um grande número de crianças da mesma faixa etária, adultos mais experientes, materiais e espaços pensados para permitir atividades de natureza lúdica .Este enriquecimento pode ser desenvolvido por meio de: intervenções, ordenamento do espaço, atividades dirigidas que possibilitem o surgimento de novos elementos culturais, que permitirão às crianças integrá-los ás suas brincadeiras.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
A Análise de dados aqui objetiva organizar os dados de forma a possibilitar o fornecimento de respostas ao problema proposto para verificação.
O artigo procura verificar a importância da brincadeira na educação infantil :um estudo de caso no Centro de Estudos Master ,que foi classificada como uma pesquisa descritiva exploratória, que utilizou uma entrevista ,na qual foram realizadas perguntas com respostas abertas. A entrevista foi feita com 100% dos professores da escola, em especial do ensino da educação infantil.
Para a primeira pergunta sobre o objetivo sobre o objetivo da brincadeira em sala de aula, houve três respostas ,um grupo equivalendo a 30% que disseram que desenvolvem as brincadeiras como um momento de avaliação para com os alunos, sem interferência de adultos, só em casos considerados como agressivos e mesmo nesses casos costuma avaliar as crianças ,20% seguem como apoio ao conteúdo abordado e 50% deixam brincadeiras livres em áreas limitadas, com regras para aproveitar o tempo e organizar os materiais pedagógicos ,de conclusão diária como correção ,diários e outras atividades.
Cabe ao professor ,como adulto mais experiente ,estimular brincadeiras ,ordenar o espaço interno e externo da escola, facilitar a disposição dos brinquedos, mobiliário, e os demais elementos da sala de aula .Outras formas de intervenção podem ser propostas visando a incitar as crianças e desenvolverem brincadeira nesta ou naquela direção ,mas só como incentivo ,nunca obrigação, deixando-as tomarem a decisão de se engajarem na atividade.
Em resposta a segunda pergunta ,sobre os combinados ,regras que são impostas antes das brincadeiras ,70% das professoras são a favor das regras ,com o objetivo para que antes de a criança fazer o ato errado ela refletir sobre o que foi imposto .Já 30% disseram que limita as crianças, tanto as crianças como os professores não desenvolvem o sentido da brincadeira ,a criança desrespeitar o com binado por motivo de defesa ,registrasse que foi enfatizado por uma das professoras que “quando imponho para criança ,não estou permitindo que ela desenvolva sua personalidade”.
A quarta pergunta ,sobre as brincadeiras que os alunos desenvolvem com mais frequência ,houve duas respostas ,20% não sabia responder, pois não costumavam observar as brincadeiras desenvolvidas por os alunos ,pois sempre estavam ocupadas mas percebem que eles gostam de brinquedos e brincadeiras com muitas lutas, as outras 80% percebem que seus alunos desenvolvem o faz de conta ,mas relacionada a profissões ,por exemplo ,cabeleleiro,cantor,médico,advogado,motorista,mecânico,engenheiros e não poderia faltar brincadeira de família ,mãe ,pai e os filhos. Foi enfatizada a resposta de uma professora .”As crianças se realizam quando estão no horário da aula de teatro e é dia de escolha livre ,tanto com as fantasias como com os livros, eles realmente entregam ao papel ou ao personagem que eles caracterizam”
A pergunta sobre a relação entre os pais e estímulos para as brincadeiras da scrianças,100% respondeu que é normal ,eles respeitam o mundo da criança porém por sempre estar trabalhando não costumam brincar com os filhos ,mas na escola eles aproveitam, entram nas salas e brincam com as crianças .Segundo enfatiza a coordenadora. ”Como atendo muito aos pais juntamente com a psicóloga ,recebo pais se perguntando por que os filhos não querem retornar a suas casas e choram e se esperneiam ,basta perguntar qual a rotina deles com as crianças já sei a resposta e sempre respondo seu filho não que um pai para quando ,ele está dormindo se beijado ,ele que pais brinquem e aceitem o mundo dele”.
Algumas das professoras sabem da importância da brincadeira para o desenvolvimentoda criança ,porém as professoras que estão desenvolvendo sua primeira experiência cotidiana em um ambiente escolar ,não têm a brincadeira como um desenvolvimento para as crianças e sim como um refúgio para quando precisam organizar os objetivos diários ,sem perceber que perdem de conhecer melhor seus alunos e que eles se desenvolvem melhor sem regras impostas e sim com as regras.
CONCLUSÃO
A partir da leitura desses autores pode-se verificar que a brincadeira é um meio que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades ,sejam motoras ,cognitivas ou linguísticas ,e assim ,têm-se os fundamentos teóricos para se deduzir a importância que deve ser dada à experiência na educação infantil.
A brincadeira oferece às crianças uma ampla estrutura básica para as mudanças das necessidades e tomada de consciência :ações na esfera imaginativa ,criação das intenções voluntárias ,formação de planos da vida real ,motivações essenciais e oportunidade de interação com o outro ,que ,sem dúvida contribuirão pra o seu desenvolvimento.
Nesse caso ,o professor não está conseguindo fazer uma reflexão crítica do seu próprio trabalho ,é preciso que o professor reconheça a importância do princípio da brincadeira pra o desenvolvimento infantil.
Diante dessas considerações ,seria oportuno salientar também que a escola deve oferecer à criança um ambiente de qualidade que estimule as interações sociais entre as crianças e professores ,e que seja um ambiente enriquecedor da imaginação infantil ,onde a criança tenha a oportunidade de atuar de forma autônoma e ativa .E é neste local que o educador tem papel fundamental no preparo do ambiente e na seleção e definição dos objetivos a serem alcançados por meio da brincadeira infantil.
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