Petrópolis: Décadas de Decadência

Dia desses precisei ir ao Hospital Municipal Dr. Nelson de Sá Earp, o HMNSE, em Petrópolis/RJ, e percebi que os três médicos de plantão alternavam entre si o uso da única mesa e cadeira disponível para atendimento de dezenas de pacientes.

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Sala de Homens lotada, foi bastante deprimente presenciar esses profissionais de saúde sendo submetidos a condições extremamente humilhantes no exercício dessa nobre profissão.

Esse é apenas um minúsculo reflexo da incompetência de anteriores e do atual prefeito de Petrópolis diante da administração pública.

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O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar

Editado em 1998 pelo Ministério da Saúde, o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar é um conjunto de métodos e normas desenvolvidas para constante aprimoramento da assistência médico-hospitalar em todo o território nacional.

Entretanto, para que se tornasse aplicável e resultasse em algum progresso, seria necessário eleger governantes realmente comprometidos com o cumprimento dos direitos básicos do ser humano, entre eles a assistência médico-hospitalar prestada com qualidade, seja ela particular ou pública.

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Amigos no serviço público petropolitano relataram que, há décadas, o povo petropolitano é enganado por governantes demagogos. Fragilizados por justificáveis decepções com os oito anos do governo anterior, acabaram acreditando em promessas enganosas, frases de efeito e outras manobras políticas. Assim, entregaram os destinos de Petrópolis a um candidato despreparado e descomprometido com o bem-estar da população.

Apoios Duvidosos e Manipulação Política

Apoiado por duvidosos presidentes de Associações de Moradores e pseudos pastores evangélicos interessados em projeções políticas e cargos públicos, esses líderes transformaram seus seguidores em massa de manobra.

A cidade, outrora uma das mais promissoras da Região Serrana fluminense, hoje enfrenta degradação completa, com trânsito caótico, transporte coletivo caro e inoperante, ruas esburacadas, lixo acumulado, desemprego crescente, aumento da criminalidade e pacientes morrendo nas filas dos hospitais públicos.

O atual prefeito promoveu loteamento de cargos públicos sem considerar competência ou conhecimento. Para a Secretaria Municipal de Saúde, nomeou uma empresária do ramo de confecções sem vínculo com a Medicina, cercada por bajuladores.

Alguns médicos recebem salários irrisórios de R$ 1.400,00 mensais, enquanto funcionários menos qualificados ganham menos que o salário mínimo. Faltam remédios, ambulâncias estão em péssimo estado, e motoristas precisam improvisar reparos básicos com arame.

Estrutura Física dos Hospitais

A estrutura física do HMNSE está deteriorada: infiltrações, portas podres, macas enferrujadas e equipamentos de UTI manuseados por pedreiros. Há denúncias de comercialização de cadáveres entre servidores e funcionários da Funerária Osvaldo Cruz.

No Centro de Saúde Professor Manoel José Ferreira, a situação é igualmente desordenada. A enfermeira-diretora permite o funcionamento de um restaurante no local, com refeições comercializadas a R$ 4,00.

Embora fiscalizar esses desmandos administrativos seja papel dos Ministérios Públicos, esses órgãos estão limitados pela política assistencialista do Presidente Lula, que, aliado a outros governantes, promove ideias alinhadas ao comunismo, onde déspotas e tiranos se perpetuam no poder.

A Apatia Diante da Crise Administrativa

Enquanto isso, a população assiste, apática, ao prefeito de Petrópolis e sua Secretária de Saúde, acompanhados por bajuladores e uma Comissão Permanente de Inquérito Administrativo que coage servidores revoltados.

Os gestores dispõem de modernos veículos e instalações para reuniões enquanto elaboram planos fantasiosos para perpetuar a bancarrota administrativa, especialmente na saúde pública, que já foi referência no Estado do Rio de Janeiro.